Terça-Feira, 11 de fevereiro de 2025

Postado às 09h29 | 30 Jan 2017 | Edinaldo Moreno Eike Batista é preso após desembarcar de avião no Aeroporto do Galeão

Ele foi preso por agentes da Polí­cia Federal, por volta das 10 horas, horário de Brasí­lia

Crédito da foto: Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

Após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o empresário Eike Batista foi preso por agentes da Polícia Federal, por volta das 10 horas, pelo horário de Brasília. O avião que trouxe o empresário de volta ao Brasil pousou no Galeão às 9h54 da manhã desta segunda-feira, 30.

Batista teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram que ele pagou US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, equivalente a R$ 52 milhões, em propina.

Eike Batista embarcou de volta ao Rio de Janeiro na noite do último domingo, 29. Ele foi considerado foragido após ter viajado a Nova York dias antes da operação policial para tentar prendê-lo.

A prisão do empresário foi decretada pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.

Eike, proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso.

O empresário e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

Na quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Eike, 60 anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. As empresas do grupo EBX atuam na área de mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval. Em 2013, entretanto, os negócios entraram em crise e Eike começou a deixar o controle de suas companhias e vender seu patrimônio.

O nome de Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato, sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.

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