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Postado às 09h45 | 30 Jul 2021 | Redação Inscrições para o Fies 2021.2 terminam às 23h59 desta sexta-feira, 30

Crédito da foto: Reprodução Programa oferece nesta edição 69 mil vagas

O comércio do Rio Grande do Norte corresponde a 6,4% da receita bruta de revenda do Nordeste em 2019. Em 2010, a participação potiguar era de 7,1%. Com essa redução, a Paraíba (7,4%) superou o RN e se firmou como quinta maior participação no comércio da região. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) – 2019 e foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo corresponde à participação das unidades da federação na receita bruta de revenda da região Nordeste – 2010 e 2019.

Em 2019, a Paraíba registrou receita bruta de revenda de R$ 47,6 bilhões. Em 2010, o valor da receita paraibana era de R$ 21,2 bilhões. Por sua vez, o comércio potiguar teve R$ 41,1 bilhões nesse tipo de receita, em 2019, e R$ 21,5 bilhões em 2010. Nesses valores absolutos, não houve cálculo de desconto pela inflação no intervalo de tempo analisado.

Os estados com maior participação no comércio do Nordeste são: Bahia (26,8%) com R$ 172,3 bilhões em receita bruta de revenda; Pernambuco (19,8%) com R$ 127,5 bilhões; Ceará (15,6%) com R$ 100,3 bilhões; e Maranhão (10%) com R$ 64,7 bilhões.

No total, o comércio da região Nordeste obteve uma receita bruta de revenda de R$ 644,2 bilhões em 2019, o que representa 14,8% do comércio brasileiro. A receita bruta de revenda é o total das receitas que têm origem na atividade comercial da empresa sem descontos (tributários, de vendas canceladas e abatimentos incondicionais, por exemplo).

A PAC tem o objetivo de retratar características estruturais do comércio ao longo do tempo, por isso a valorização das comparações entre pontos extremos, como os anos de 2019 e 2010. O panorama desenhado pela pesquisa para as unidades da federação é composto por receita bruta de revenda; pessoal ocupado; salários e outras retiradas; margem de comercialização; e unidades locais de empresas com receita de revenda.

O número de pessoas ocupadas no comércio potiguar saiu de 112 mil, em 2010, para 128 mil em 2019. Esse crescimento de 14,2% está praticamente no mesmo patamar do Nordeste (13,6%), mas é superior à média nacional (11%) no período.

Dos três segmentos do comércio analisados pela pesquisa, o varejo teve o maior crescimento de trabalhadores: 17,5%. O atacado cresceu 6,1%, enquanto o comércio de veículos, peças e motocicletas expandiu seu número de vagas em 4,3% na comparação de 2019 com 2010.

Apesar disso, as unidades locais de revenda (lojas, filiais, locais de venda entre outras) no RN diminuíram 7,2% no mesmo período: o número passou de 19,4 mil, em 2010, para 18 mil em 2019. Essa diminuição é fortemente influenciada pelo varejo.

Somente o comércio varejista teve uma redução de 11,6% no número de unidades locais de revenda. No sentido contrário, o número de estabelecimentos de atacado (25,2%) e comércio de veículos, peças e motos (11%) cresceu em 2019 na comparação com 2010 no estado. Na média do Nordeste e do Brasil se observa movimento semelhante.

 

O comércio perde 11% das empresas e 4,4% dos trabalhadores

Entre 2010 e 2019, o pessoal ocupado em atividades comerciais aumentou 12,5%, passando de 9,0 milhões para 10,2 milhões. Entretanto, quando se compara com 2014, há uma perda de 4,4% (ou menos 466,1 mil trabalhadores) no setor. Já o número de empresas comerciais caiu 6,9% (ou menos 106,3 mil empresas) desde 2010. Frente a 2014, a perda foi maior: -11,0% (ou menos 177,3 mil empresas).

O número de unidades locais caiu 2,6% (menos 41, 8 mil unidades) desde 2010 e 8,1% (menos 140,6 mil unidades) desde 2014.

De 2018 para 2019, houve quedas no número de empregados no comércio (-0,4%, ou 42,4 mil), empresas (-5,0%, ou 75,6 mil) e unidades locais (-3,0% ou 49,8 mil).

De 2010 a 2019, a média de pessoas ocupadas por empresa no comércio passou de seis para sete. No varejo, que em 2019 ocupava 74,2% dos trabalhadores do comércio no Brasil, essa média era de sete pessoas, enquanto no atacado era de nove e no comércio de veículos, peças e motocicletas, sete pessoas. Hipermercados e supermercados (90 pessoas ocupadas por empresa) era a atividade com maior média.

Em 2019, a atividade comercial no país gerou R$ 4,0 trilhões de receita operacional líquida e R$ 660,7 bilhões de valor adicionado bruto. O setor pagou R$ 246,4 bilhões em salários, retiradas e remunerações, enquanto o rendimento médio das pessoas ocupadas no comércio variou de 1,8 salários mínimos em 2010 para 1,9 em 2019.

Em 2019, a margem do comércio chegou a R$ 864,3 bilhões, dos quais 56,1% vieram do varejo, 36,4% do atacado e 7,5% do comércio de veículos, peças e motocicletas.

Em 2019, o Sudeste gerou 50,0% da receita bruta de revenda do comércio do país e deteve quase metade (49,6%) das suas unidades locais.

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