No seu discurso de diplomação, na noite desta segunda-feira (19), a prefeita eleita Rosalba Ciarlini (PP) disse que entende a decisão soberana do povo de Mossoró como um "pedido de socorro" por tudo que a cidade está enfrentando no momento.
Também entende que a sua eleição foi um um grito de esperança por dias melhores, para a cidade voltar a alcançar o seu destino traçado de crescer, de se desenvolver e de fornecer uma vida cada vez mais digna a todo cidadão.
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Rosalba Ciarlini discursa no Teatro Municipal Dix-huit Rosado lotado (foto: Carlos Costa)[/caption]
Veja o discurso na íntegra:
"Senhor Juiz Eleitoral;
Senhora Vice Prefeita;
Senhores Vereadores e Vereadoras diplomados:
As leis do País, pela voz da Justiça Eleitoral, com esta diplomação reconhece a soberania do povo de Mossoró e da democracia, manifestada nas urnas da nossa cidade no dia dois de outubro.
Diplomada Prefeita de Mossoró, encaro o desafio como se fosse o primeiro e o mais decisivo da minha vida, sequer considero a hipótese de me sentir reconhecida neste pleito por, ao longo da minha trajetória seja como prefeita dessa cidade por três vezes, tendo saído essas três vezes com aprovação recorde ou por outros benefícios que pude trazer à cidade noutras funções. Não considero esta hipótese de ter tido um gesto de reconhecimento ao trabalho. Enxergo o resultado das urnas como um pedido de socorro aliado a um grito de esperança por dias melhores, para a cidade voltar a alcançar o seu destino traçado de crescer, de se desenvolver e de fornecer uma vida cada vez mais digna a todo cidadão que aqui vive.
Sei que os mossoroenses, com justa razão, mais esperam de mim, peregrina da política que volta à casa de irmãos, para entregar de novo à terra e ao povo de Mossoró o melhor daquilo que colheu nesse já longo caminhar, de muitas frustrações, ilusões e sonhos, mas sempre de fé na força indomável dos que creem no bem, no progresso e na justiça social.
Volto com humildade, na consciência de minha pequenez diante das imensas expectativas e dificuldades que cercam esta nova missão. Logo, espero e irei dialogar com todas as vozes que querem ver esta cidade bem cuidada, bem administrada, brilhando no cenário regional e até nacional. Sem sombra de dúvidas, buscarei um diálogo amplo com a sociedade civil, as entidades e sobretudo com os demais poderes, o legislativo, o ministério público e o judiciário. Volto para convocar os mossoroenses a me ajudarem a reorganizar, reorganizar a unidade de esforço e de propósito, com espíritos desarmados para afastar a descrença no futuro, refazendo com trabalho constante e sem trégua as novas veredas do desenvolvimento e da promoção de Mossoró como cidade e de seu povo.
Essa missão de reorganizar é dever de todos, dever de serviço que afeta, permita-me dizer, afeta de perto todos os eleitos, a Vice-Prefeita e os Vereadores, a quem felicito pela diplomação, desde já, porém, chamando-os para que todos ponhamos mãos à obra de restaurar os caminhos do melhor futuro para a terra comum.
Aceitemos juntos o desafio, e não o temamos. O diploma que agora erguemos, e que acaba de nos ser conferido pela Justiça Eleitoral, tem o peso da angústia dos que sofrem com a situação distante da ideal que estamos, dos desassistidos, dos últimos, mas traz também em si a leveza da esperança, que temos o dever de não deixar desertar do coração e na consciência do nosso povo.
Agradecer a família que me deu apoio quando disse que ouvia diariamente o pedido das pessoas para que eu voltasse a administrar a cidade, tomando a decisão de me candidatar mais uma vez.. Aos irmãos que foram de casa em casa, de porta em porta, levar nossas propostas.
Dizer que Mossoró se transformou numa cidade melhor num passado não tão distante, tendo sido criado um senso comum de que a cidade era uma antes e outra após as nossas administrações, a cidade pode sim se recuperar sim da falta de perspectivas e da situação lamentável que se encontra.
Viva Mossoró e viva a um rumo e futuro melhor que a cidade decidiu ter."
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.