Terça-Feira, 06 de maio de 2025

Postado às 14h21 | 23 Dez 2016 | Operação Vulcano: prefeito Silveira Júnior pode pegar até 12 anos de prisão

[caption id="attachment_54650" align="alignleft" width="310"] Prefeito Silveira Júnior pode ser condenado a pegar até cinco anos de prisão (foto Carlos Costa)[/caption] O prefeito de Mossoró, Silveira Júnior (PSD), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPRN) por receber "vantagem indevida", leia-se propina, para beneficiar proprietários de postos de combustíveis. A denúncia protocolada junto ao Tribunal de Justiça do RN (leia AQUI) deriva da Operação Vulcano, deflagrada em 2012 quanto Silveira presidia a Câmara Municipal de Mossoró. O Ministério Público também denuncia o atual presidente da Câmara, Jório Nogueira (PSD), e o empresári0 Otávio Augusto Ferreira da Silveira, proprietário de posto se combustível e primo do prefeito Silveira. Segundo a peça acusatória, Silveira, na condição de presidente do Legislativo, aceitou e recebeu em 2012 vantagem indevida em dinheiro do empresário Otávio Augusto para interceder junto a seus colegas vereadores para a célere aprovação do Projeto de Lei Complementar n. 57/2011, o qual objetivava impedir o Supermercado Atacadão de concorrer no mercado mossoroense de postos de combustíveis. Em função da aprovação das alterações legislativas, Otávio Augusto cumpriu a promessa anteriormente feita, repassando ao menos R$ 200 mil  e R$ 50 mil aos acusados Silveira Júnior e Jório Nogueira, respectivamente. Silveira por sua liderança e atuação em favor das medidas anticoncorrenciais na qualidade de presidente da Câmara, o segundo pela votação favorável aos projetos de lei de interesse do grupo econômico, ciente de que se tratava de medida direcionada a evitar a instalação do posto de revenda de combustíveis pelo Supermercado Atacadão. [caption id="attachment_54654" align="alignright" width="300"] Jório Nogueira teria recebido 50 mil reais dos empresários (foto: Marcos Garcia)[/caption] PRISÃO DECRETADA Na época que estourou a Operação Vulcano, foi decretada a prisão preventiva de Silveira Júnior, mas ele não chegou a ser preso porque desapareceu da cidade, e só retornou quando o juiz Cláudio Mendes Júnior, da 3a Vara Criminal da Comarca de Mossoró, decidiu relaxar a prisão. Depois daí, o assunto caiu no esquecimento. Agora, o Ministério Público reacende o escândalo, buscando a condenação dos culpados, caso o Tribunal de Justiça assim decida. Na denúncia do MPRN consta pedido de condenação de Silveira e Jório nos crimes previstos nos seguintes artigos nos artigos 4º, I, da Lei 8.137/90 (abusar do poder econômico, eliminando total ou parcialmente a concorrência mediante ajuste ou acordo de empresas) e 317 do Código Penal (Corrupção Passiva – aceitar promessa de e receber vantagem indevida, em razão de função pública); e do último citado nas penas dos crimes previstos nos arts. 4º, I, da Lei 8.137/90 e 333 do Código Penal (Corrupção ativa – oferecer vantagem indevida para determinar funcionário público a praticar ato de ofício).

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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