O jornalista e pesquisador mossoroense Carlos Guerra Júnior irá participar do congresso internacional “Activisms in Africa” nesta quinta-feira (12) na cidade de Lisboa, em Portugal.
O evento reúne pesquisadores da África, América e Europa, com o intuito de debater academicamente as formas de ativismos políticos acontecidos na África.
Carlos Guerra irá apresentar um trabalho desenvolvido sobre o rap em Angola, no qual é denominado “Mudança de tom: uma análise da nova tendência pessimista no rap angolano”.
Ele faz doutorado em ciências da comunicação na Universidade de Coimbra, também em Portugal, na qual realiza uma pesquisa sobre o rap como forma de ativismo político no espaço lusófono.
[caption id="attachment_55135" align="aligncenter" width="631"] Carlos Guerra Júnior ao lado do rapper o rapper Luaty Beirão (foto: assessoria e comunicação)[/caption]
Carlos relata que o trabalho do seu doutorado envolve a análise de conteúdo do estilo musical rap no Brasil, Portugal, Angola e Moçambique. Neste congresso, ele vai apresentar um recorte da pesquisa, tratando uma nova fase do rap em Angola, onde envolveu a prisão de 17 ativistas e a crise do petróleo, em um país que possui o mesmo presidente desde 1979.
O jornalista afirma que estudar em Portugal despertou o interesse por pesquisar sobre outros países que tem a língua portuguesa como idioma oficial. De acordo com o jornalista, os países estão muitos ligadas no aspecto cultural e isso gera influências mútuas.
“Esses países estão ligados porque tiveram o mesmo império de colonização. Dessa forma, há muitas características culturais que são semelhantes. E a mesma língua faz com que haja trocas de informações. O Brasil é o maior exportador cultural desse eixo, porque tem grandes investimentos na comunicação", relata.
"Dessa forma, a música, a novela e os filmes brasileiros chegam nesses países. Porém, quando acontece há uma análise contrária, também é possível perceber como a África pode ensinar a Europa e a América do Sul. Acreditar que a África é só sinônimo de miséria e atraso é uma análise muito superficial, porque se trata de um continente muito rico culturalmente e com ações muito inovadoras. É a mãe genitora dos outros continentes.”
NOTA DO BLOG: Carlos Guerra Júnior fez parte da redação do Jornal de Fato e do defato.com, na editoria de esportes. Ele também trabalhou no Jornal Metropolitano, de Parnamirim (RN) e na Band Natal.
(*) Com as informações de Ramon Nobre
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.