Entre o frisson e asfricções do mimimi
Chega de mimimi machista. Foi assim que Fernanda Lima, apresentadora do Amor & Sexo, finalizou o primeiro programa desta temporada, que foi ao ar no dia 26 de janeiro, sob a temática do feminismo. O programa, regado de humor e irreverência – pontos que deram uma leveza interessante a assuntos contundentes, polêmicos e necessários –, acabou dividindo a opinião do público (ou públicos). Enquanto os machistas se contorciam com as intervenções enfáticas de feministas, como Djalma Ribeiro, Antônia Pellegrino e Monique Prada, bem como de artistas poderosas, como Karol Concá, Gaby Amarantos e Elza Soares, que sacudiram a poeira escondida por baixo dos pensamentos retrógrados e opressores de pessoas "de bem", por outro também incomodou algumas correntes feministas. Isso porque o humor que é intercalado nas temáticas sérias do programa acaba tornando o debate superficial; mas, ora, estamos falando do feminismo adentrando na casa de diversas famílias (patriarcais e machistas). Quantas delas não mudariam de canal se não encontrassem ali um entretenimento? Sabemos que os feminismos são múltiplos, diversas correntes se manifestam e são igualmente importantes, não devem se anular. Como não ver como manifestação do bom feminismo aquele que prega a igualdade de gêneros dentro do maior canal televisivo do Brasil? O debate sério e profundo é necessário, este também deve estar na televisão; todavia, não anula a necessidade também de programas do cunho de Amor & Sexo que fala diretamente com a mãe, o pai e os(as) filhos(as) sobre a necessidade de a mulher receber o mesmo que o homem e sobre a importância de se combater diversas formas de opressão. No fim das contas, reclamamos tanto do "mimimi" machista, mas entre os frissons do Amor & Sexo jogamos as mais desnecessárias fricções oriundas da intolerância daquilo que consideramos incorreto apenas por diferir do nosso modo de falar o feminismo; porém, lembremos: o feminismo tem vozes e não voz. E todas elas devem falar, cotidianamente, seja no rádio, na televisão, no jornal, na calçada, nos bares, nas festas. Que tenhamos mais Reginas Cazé e Fernandas Lima nos canais televisivos, mesmo que estejam a serviço de uma pesquisa de mercado, no qual o sistema capitalista mostra que a pauta feminina vai gerar audiência favorável – no fim, pouco importa. Pois, a mensagem de necessária emancipação feminina e de combate às violências e opressões está entrando na casa das famílias brasileiras. (Brena Santos – Advogada) Henrique Alves entrega passaporte O ex-ministro Henrique Alves, presidente do PMDB potiguar, admite que abriu uma conta no exterior através de um escritório uruguaio. No entanto, nega que os R$ 2 milhões depositados nela sejam seus ou do seu conhecimento. A conta foi "utilizada de maneira inescrupulosa", escreve a sua defesa no processo que investiga o pagamento de propina pela Carioca Engenharia, derivado da Operação Lava Jato. Henrique Alves decidiu entregar o seu passaporte ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10.ª Vara do DF, para mostrar que não tem intenção de sair do país. A situação é bem delicada. Na luta por novo campus do IFRN A prefeita Rosalba Ciarlini (PP), inicia a semana com compromissos administrativos em Brasília (DF). Na agenda, audiência com o ministro da Educação, Mendonça Filho, para discutir a implantação do novo campus do Instituto Federal do RN (IFRN) em Mossoró. A intenção da prefeita é contemplar os estudantes da zona norte da cidade. A presidente da Câmara, Izabel Montenegro, também cumpre agenda na capital federal. Assis Amorim usava o AA de Aluízio AlvesTags:
César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.