[caption id="attachment_56097" align="aligncenter" width="631"] Chuva alaga cidade de Caicó em 1920 (foto: José Ezelino da Costa)[/caption]
A exposição “Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo”, aberta na quinta-feira (16) no Centro de Educação José Augusto-Ceja (Rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, Caicó) apresenta também um olhar histórico a antropológico sobre o município de Caicó.
A mostra, promovida pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto, exibe a sala “Seridoísmo”, uma recepção onde estão instalados textos e fotos sobre a história da região.
A sala apresenta textos de historiadores, geógrafos, pesquisadores e escritores que interpretaram a identidade e especificamente a evolução social e cultural caicoense.
Também estão expostas imagens históricas sobre a cidade, além de reproduções de pinturas rupestres encontradas na região, principalmente no sítio arqueológico de Carnaúba dos Dantas.
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Feira de Caicó em 1920 (Foto: José Ezelino da Costa)[/caption]
Há textos expostos dos autores Francisco de Assis Medeiros, Manoel Dantas, Ione Diniz Rodrigues Morais (geógrafa), Muirakytan Kennedy de Macêdo (historiador), Paulo Bezerra (historiador), Moacy Cirne (poeta e artista visual), Maria Augusta Vale, Olavo de Medeiros Filho (historiador), Oswaldo Lamartine de Faria, (sertanólogo), Olívia Morais de Medeiros Neta (historiadora), Eugênia Maria Dantas (geógrafa), Francisco de Assis Medeiros, historiador, Manoel Dantas, historiador ,Ione Rodrigues Diniz Morais, geógrafa.
Nos painéis expostos os autores interpretam suas visões sobre a região.
Escritos
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Sítio Arqueológico Xique-Xique em Carnaúba dos Dantas[/caption]
O célebre historiador em “ Homens de Outr´Ora”, Manoel Dantas trata das origens: “Quando o sertão era virgem, a tribu dos Caicós, celebre pela sua ferocidade, julgava-se invencível, porque Tupan vivia alí, encarnado num touro bravio que habitava um intrincado mufumbal, existente no local onde está, hoje, situada a cidade de Caicó.
O poeta Moacy Cirne, em “Seridó, Seridós”, cria termos para definir o lugar: “O Seridó não se resume a Caicó, naturalmente; o sentimento de seridolência, que antecede o seridoísmo, conforme o entendemos, é tão antigo quanto as cidades de Acari e Caicó, as primeiras da região.”
Na obra “O Sertão do Seridó, o escritor Oswaldo Lamartine retrata a cultura da pecuária: “A vocação histórica do sertanejo é o gado. Espremido em cercados retalhados a cada herança, pendeu para uma pecuária semi-extensiva”.
Música
O produtor musical José Dias preparou um repertório especial com obras de intérpretes e compositores cujas obras fazem referência a cultura caicoense. Com uma sonorização ambiente são apresentadas como Rosa Impúrpura do Caicó ( Chico César), Ovo de Codorna ( Severino Ramos), Caicó (Vila Lobos), Comunhão (Mário Gil), entre outras canções que destacam a cultura historiográfica do município.
A exposição “Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo” está aberta ao público de segunda à sexta, das 8h às 16h30, no Centro de Educação José Augusto-Ceja (Rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, Caicó).
Fonte: Fundação José Augusto
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.