Domingo, 11 de maio de 2025

Postado às 20h35 | 06 Mar 2017 | Ex-procurador da Câmara é notificado para esclarecer graves denúncias

Lembra de Kennedy Salvador? É aquele advogado que era procurador da Câmara Municipal de Mossoró, na gestão do ex-presidente Jório Nogueira (PSD), que denunciou a existência de funcionários “fantasmas”, “coja” e “corruptos” no Legislativo mossoeroense. A denúncia, grave que se diga, não vai passar em branco, nem ficar o dito pelo não dito. A promotora Micaele Forte Caddah, titular da 11ª Promotoria do Patrimônio Público, o notificou para que ele preste esclarecimento sobre o objeto de notícia de fato. A notificação é datada do dia 24 de fevereiro de 2017. O escândalo estouro no início de dezembro de 2016, quando Kennedy Salvador divulgou nota (leia AQUI) lançando uma suspeitas contra vereadores da legislatura passada. Entre outras, o procurador sugeriu a existência da “máfia dos consignados”, ou seja, empréstimos que supostamente seriam feitos por vereadores usando assessores como “laranja”. Segundo Kennedy Salvador, justificaria aí a existência dos “fantasmas”, que seriam comissionados indicados pelos vereadores que não trabalhavam. A nota do então procurador foi em resposta a outra nota (leia AQUI), esta assinada por 16 vereadores, que cobrava de Jório Nogueira a prestação de contas dos recursos da Casa, já que havia suspendido o pagamento da verba de gabinete, além de exonerar 143 servidores comissionados alegando falta de dinheiro (leia AQUI). Também naquele momento, de crise moral e ética no Legislativo mossoroense, o então vereador Lairinho Rosado (PSB) denunciou a existência de "propostas indecorosas" na Câmara, que estariam partindo da gestão Silveira Júnior (PSD) para aprovação de matérias polêmicas, como a doação de terreno e a criação de uma agência reguladora (leia AQUI). O caso é gravíssimo e agora a promotora Micaele Forte procurar colher a verdade, através de linha de investigação.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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