Quinta-Feira, 01 de maio de 2025

Postado às 11h30 | 18 Abr 2017 | Há 50 anos, ESAM – hoje Ufersa: abrigando fênix e formando águias

(*) Ludimilla Oliveira Há 50 anos, o que era o sonho de um jovem , idealizado numa sala de aula se torna realidade. Parecia impossível, numa cidade do semiárido, com todas as suas carências e dificuldades. A terra,  de Santa Luzia,   que teve a presença dos Carmelitas, e visitada por Henry Koster, foi  também tida como país de Mossoró. O solo rachado, creditado pela esperança obstinada de dias melhores vai dar lugar no dia 18 de abril de 1967, a criação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM, decreto que marca a embriogenese , com o invólucro da força, determinação e a coragem, de guerreiros que não temem a batalha. Aos nascidos, no país de Mossoró, não é difícil  lembrar da ESAM e do resultado de seu processo seletivo, ouvido ao pé do rádio, com direito a vinheta especial... emocionando e enchendo de alegrias aos já ingressantes e alimentando a esperança de muitos jovens ainda a chegarem na Universidade. Ser estudante na ESAM, foi o sonho de muitos jovens daqui, e de longe das terras do país de Mossoró. A imponência esplêndida de sua arquitetura, que  mistura o cenário rural com o urbano, é espaço de deleite para o conhecimento  cientifico. E fizeram de Mossoró, uma cidade com um curso de Agronomia cinco estrelas, e a casa de muitos estudantes oriundos de várias partes do Brasil e do mundo. É por isso, como bem descreve o seu hino: “nas crônicas da gente brasileira, queremos um lugar prá Mossoró, cidade centenária e pioneira, desbravadora do ínvio sertão; sofreram os seus filhos a canseira; viveram na esperança a vocação”.  De forma brava viveu esse refrão Jerônimo Vingt Un Rosado Maia ,  de forma obssessiva, ao lado de muitos combatentes na luta exaustiva, vocacionada , dedicada e incansável. Há quem diga, que o nosso timoneiro , Vingt Un, ansiosamente aguardou o dia da sua federalização, e em 2005, não éramos mais Escola Superior, e sim  Universidade Federal Rural do Semi-árido. Em tempo de comemorarmos os  50 anos de ESAM- UFERSA, é pertinente a alusão  dessa egrégia Instituição, privilegiada em sua história , e de uma envergadura magnífica para o  crescimento e desenvolvimento do semiárido brasileiro. A inolvidável data, ainda em memória, é participe de um cenário plural, onde é possível  visualizarmos a ciência em sua plenitude, na plêiade e no lócus, não apenas de águias e sim de gigantes, oriundos das fênix que aqui se debruçaram em trabalhar, a cada raiar do dia e até a noite, lançam as sementes do conhecimento, produzindo sabedoria . [caption id="attachment_57683" align="aligncenter" width="631"] Primeira turma de engenheiros agrônomos formados na Esam. No centro, o deputado Vingt Rosado e o prefeito de Mossoró Dix-huit Rosado (foto: web)[/caption] Já não somos tão jovens. Mas, o vigor e a força da juventude, para fazer o melhor da ciência se ergue em cada momento, em cada ingresso, em cada nova história, e aqui juntos: estudantes, técnicos e professores compõem a harmonia perfeita do labor diário que vai além da lida de quem faz a vida ser diferente. Em terra de águias, temos um diferencial: a visão estratégica de alguns. E em solo de fênix gigantes, o embate, a luta , a busca representativa do sobressalto e da lisonja, para renascer sempre que for necessário. Assim, a solicitude da vida Institucional em prol da educação, nos fez entender, que é difícil o labor entre águias e fênix. Mas, o resultado  é formidável: a formação cidadã e profissional de jovens sonhadores. Nestas linhas, parabenizamos a ESAM – UFERSA pelos seus 50 anos e  temos muito o que comemorar. Pois, os frutos semeados e colhidos no tempo certo, trouxeram para nós um futuro maduro, responsável, comprometido, visionário, empreendedor e próspero, fincados na ciência e no esteio da tecnologia. (*) Ludimilla Oliveira é professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) - antiga Esam.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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