O Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (SINDISERPUM) vai pedir na Justiça o cancelamento do Cidade Junina 2017.
A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, nesta quinta-feira (4), como forma de pressionar a Prefeitura a definir o pagamento do salário de dezembro de 2016 deixado pela gestão do ex-prefeito Silveira Júnior (PSD).
Outra decisão é a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (8).
O argumento de que "se não tem dinheiro para pagar dezembro, não tem para gastar com festa" foi usado para justificar a demanda judicial contra o Mossoró Cidade Junina.
O fato de o evento ser patrimônio cultural e dos mossoroenses, garantido por lei, não foi levado em consideração.
A direção do Sindiserpum também não teme a reação da sociedade, caso a Justiça acate o pedido e cancele o Mossoró Cidade Junina.
ATRASO
A gestão anterior, encerrada em 31 de dezembro de 2016, deixou uma dívida enorme com os servidores públicos. Além dos salários e o décimo-terceiro dos aniversariantes de dezembro, também não pagou novembro (receberam apenas os detentores de cargos comissionados) e o décimo dos aniversariantes do mês.
A gestão Silveira ainda deixou de pagar gratificações do pessoal da saúde e hora extra da Guarda Municipal, referentes ao meses de agosto, setembro e outubro de 2016.
A atual gestão já conseguiu pagar os salários e o décimo dos aniversariantes de novembro, parte da folha de dezembro, gratificações e horas extras acumuladas.
Além disso, vem cumprindo o pagamento salarial dentro do mês trabalhado em 2017.
Nos primeiro quadrimestre do ano, a Prefeitura já pagou quase 100 milhões de reais só com folha do funcionalismo.
Na última reunião da Prefeitura e Sindiserpum, ontem (4), o diagnóstico financeiro do município foi apresentado e a equipe econômica pediu um novo prazo para definir o pagamento do restante da folha de dezembro.
O Sindiserpum não aceitou.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.