Presidente Michel Temer conseguiu mais do que o necessário para enterrar investigações, mas situação continua delicada
O clima de velório no discurso do presidente Temer (PMDB), pós vitória na Câmara dos Deputados, reflete exatamente o sentimento do Palácio do Planalto. Ele sabe que ganhou, mas não levou, embora tenha sido mantido no cargo.
Três pontos explicam a cara amassada do presidente:
1 – O placar favorável a ele, na votação que enterrou o pedido de investigação, foi bem maior do que se imaginava, é bem verdade, mas longe do que ele precisa na Câmara para encaminhar a aprovação da reforma da previdência.
2 – A segunda denúncia contra o presidente já está no forno no PGR e é bem mais robusta do que a anterior, o que exigirá dele muito mais do exigiu até aqui.
3 – Temer sabe que saiu menor porque abertamente abriu o cofre para comprar os votos, provocando estrago maior na sua imagem.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.