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Postado às 14h30 | 30 Out 2017 | Impacto da cláusula de desempenho

Crédito da foto: Reprodução Cláusula de desempenho deverá reduzir a 'sopa de letrinhas' a partir das eleições 2018

De todos os pontos discutidos a exaustão durante as Comissões e votações da Reforma Política aprovada este ano, um se destaca e resulta no levantamento que segue, produzido pelo Movimento Transparência Partidária: a cláusula de desempenho, aprovada em forma de emenda constitucional (no 97/2017), pelo Congresso.

A partir de 2019, para que os partidos tenham acesso a suas cotas do Fundo Partidário - que serve para manutenção das agremiações e também pode ser utilizado para fins eleitorais -, será necessário que os partidos se encaixem nos seguintes critérios:

  • 1,5% dos votos válidos nacionalmente nas eleições de 2018 para a Câmara
  • 1% desses votos em ao menos 9 unidades da federação
  • Ao menos 9 deputados federais em 9 unidades da federação

 

Com base nas informações acima e em dados coletados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o levantamento do Movimento Transparência Partidária demonstra quanto teria sido economizado e quais partidos ficariam sem o financiamento público partidário, caso a clausula de desempenho, aprovada na Reforma Política deste ano, existisse desde 2011.

 

Confira abaixo os principais destaques do estudo:

 

  • Entre 2011 e 2017 foram gastos mais de R$ 3,1 bilhões com o Fundo Partidário;
  • Mais de R$ 250 milhões (8%) poderiam ter sido redistribuídos nos últimos seis anos, caso a cláusula de desempenho aprovada na Reforma Política deste ano já estivesse valendo;
  • Considerando o ciclo eleitoral de 2011-14, ficariam de fora PSTU, Podemos, PCB, PCO, PMN, PTC, PSOL, Avante, PSL, PRTB, PSDC, PRP e PHS;
  • Considerando o ciclo eleitoral de 2015-17, teriam sido barrados PCB, PSDC, PRTB, PCO, PEN, PPL, PSTU, PRP, PHS, Avante, PMN, PSL, Podemos e PTC.

Para fins de comparação, com os R$ 250 milhões repassados para as siglas destacadas acima, nos últimos seis anos, seria possível comprar 3 mil ambulâncias, construir mais de 150 creches e dois hospitais com 100 leitos cada um.

Fonte: Movimento Transparência Partidária

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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