George: "Se esse processo seletivo não acontecer, a saúde do Estado vai entrar em colapso. Estou sendo sincero."
Vai ter concurso na Saúde
O secretário de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, George Antunes, fez previsão tenebrosa para 2018: haverá colapso se o governo não contratar temporários para suprir o déficit nos hospitais do Estado.
George Antunes reagiu à tesoura da Secretaria do Planejamento, que reduziu o orçamento da pasta de R$ 13 milhões para R$ 3 milhões, o que inviabiliza o concurso público para contratação de pessoal.
O déficit é bem significativo. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina (CREMERN), Marcos Lima de Freitas, há reclamações de escalas incompletas e no fechamento de leitos e serviços por falta de recursos humanos – médico e não médicos. Gravíssimo.
O secretário George Antunes confirma e afirma que o Estado precisa contratar pelo menos 553 profissionais de saúde para amenizar o problema, uma vez que o déficit chega a 3 mil servidores.
O recado foi entendido na Governadoria e veio a resposta do Planejamento. O corte na dotação orçamentária, que inviabilizaria o concurso público, será recomposto através de modificação ao orçamento encaminhado à Assembleia Legislativa. A mensagem será enviada nos próximos dias, segundo o secretário Gustavo Nogueira.
A Seplan garante que os recursos serão suficientes para bancar o processo seletivo, embora não tenha precisado os valores. Daí, nova preocupação. Não é de hoje que o titular do Planejamento bate de frente com o titular da Saúde. A pasta do dinheiro, alegando a crise financeira, tem sido madrasta com a pasta que cuida da saúde das pessoas.
Inclusive, George Antunes, que é o terceiro secretário de Saúde da gestão Robinson Faria, cogitou entregar o cargo poucos meses após assumir o desafio, depois de bater à porta da Seplan várias vezes e voltar de mãos vazias. Por consequência, viu a crise na saúde pública se agravar, com reflexo no atendimento à população nas unidades de referência, como o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, e o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
Pois bem. O concurso público, se a Seplan cumprir o que disse, está garantido, devendo as contratações serem feitas em 2018.
Agora, essa é apenas uma parte da crise que castiga o sistema estadual de saúde. Desabastecimento e sucateamento da estrutura são problemas agudos, que se arrastam há anos.
Para piorar, a greve dos servidores, castigados por salários atrasados, agravou a situação de quem precisa da saúde pública.
FRASE
"Se esse processo seletivo não acontecer, a saúde do Estado vai entrar em colapso. Estou sendo sincero."
GEORGE ANTUNES – Secretário de Saúde do Rio Grande do Norte.
Iluminada
Após três anos de "trevas", Mossoró voltará a ter decoração natalina. A Secretaria de Cultura anunciou o projeto "Terra de Luz", que contemplará os festejos de dezembro, a partir da Festa de Santa Luzia. A cidade receberá 4 mil pontos de luz, com recursos de luminárias em forma de chuvas de luz e mangueiras de led. Os investimentos são da ordem de 400 mil - recursos próprios.
Boa ideia
O padre Flávio Augusto, pároco da Catedral e coordenador-geral da Festa de Santa Luzia, tem a ideia de transformar a área ao redor da igreja em grande praça de alimentação durante os festejos da padroeira. Será ambiente para encontrar e reunir pessoas, ouvir boa música e ter segurança. A festa de 2017 terá novo perfil e o desafio é ampliar a participação além dos fiéis da Igreja.
Funfir
O Ministério Público do RN, por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, em Natal, ajuizou ação contra um novo saque do Governo do Estado ao Fundo Previdenciário. Segundo a ação, o IPE é um órgão independente e o saque só pode ser feito mediante lei específica.
Funfir II
A ação cautelar não se destina a impugnar o acordo firmado pelo governo e os poderes para sacar dinheiro do Funfir, mas, sim, impedir que sejam retirados valores aplicados no mercado financeiro em longo prazo.
Funfir III
O Funfir tem R$ 321 milhões aplicados. Uma retirada antecipada pode obrigar o IPE a pagar 40% de multa, o que geraria um prejuízo em torno de R$ 80 milhões. O MPRN quer impedir esse "rombo" na conta pública.
Funfir IV
O novo saque ao Funfir surgiu como solução para o governo atualizar os repasses do duodécimo aos poderes. O "rombo" já é de R$ 312 milhões, acumulado desde julho deste ano. Sem esses recursos, outras fontes seriam bloqueadas para o cumprimento do repasse constitucional.
É NOTÍCIA
1 - A OAB/RN cedeu à pressão e decidiu congelar os valores da anuidade dos advogados. Também aprovou 5% de desconto para novos advogados. Prevaleceu o bom senso.
2 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu um "pito" nos empresários potiguares e não apareceu para debater as novas regras trabalhistas, nesta sexta-feira, 17. A crise política e as negociações com o Planalto o prenderam em Brasília.
3 - Segundo o IBGE, entre os 13 milhões de desocupados no país no terceiro trimestre, 8,3 milhões eram pretos ou pardos. Parcela de 63,7%. A cara do País das desigualdades.
4 - Entre o primeiro e o terceiro trimestre a população ocupada no RN subiu de 1,281 milhão para 1,319 milhão. O Estado ganhou 38 mil novas vagas. Continuará melhorando em dezembro.
5 - A TV a Cabo Mossoró (TCM) inaugura hoje os seus serviços em Apodi, no Médio Oeste potiguar. O grupo de comunicação já conta com uma emissora de rádio no município.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.