Sem policiamento nas ruas devido a paralisação dos policiais militares e civis, em protesto ao atraso de salários, o governador Robinson Faria (PSD) solicitou ao Governo Federal um incremento no números de policiais da Força Nacional e o apoio das Forças Armadas, para atuar no Rio Grande do Norte.
O documento foi direcionado, nesta quarta-feira (20), ao Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Westphalen Etchegoyen. O governo argumenta que o movimento iniciado por servidores da segurança do Estado tem comprometido a normalidade do serviço público oferecido por essas categorias.
Os policiais militares iniciaram o movimento na terça-feira (19), limitando o número de homens e viaturas nas ruas. Hoje foi a vez dos agentes, delegados e escrivães da Polícia Civil iniciarem o protesto, se limitando ao trabalho em regime de plantão. Os agentes penitenciários também iniciaram greve hoje e os presídios estão sendo operados com efetivo reduzido.
Por consequência, as cidades estão desguarnecidas, sem segurança. Na capital, um supermercado sofreu um arrastão e dois bancos foram alvos de criminosos. Também houve pânico e correria nos centros comerciais do Alecrim e Cidade Alta, os maiores de Natal. Por volta das 15h várias lojas fecharam as portas, houve pânico e correria de clientes. A PM confirma dois assaltos a estabelecimentos comerciais no Alecrim.
Em Mossoró, segunda maior do RN, apenas duas viaturas estão nas ruas para patrulhar uma cidade com 300 mil habitantes.
Essa é a terceira vez que o atual governo solicita ajuda à Forças Armadas. Em agosto de 2016, 1.200 militares do Exército e da Marinha vieram para o RN para auxiliar no patrulhamento das ruas. O pedido foi feito pelo governador após uma série de ataques criminosos a ônibus e prédios públicos desencadeados com a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios do Estado.
Em janeiro deste ano, o governo voltou a pedir reforço das Forças Armadas. Militares do Exército, Aeronáutica e Marinha atuaram nas ruas de Natal e de cidades da Grande Natal, com o objetivo de coibir novas ondas de ataques a ônibus. Dessa vez os ataques começaram após a rebelião de Alcaçuz.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.