Terça-Feira, 04 de março de 2025

Postado às 08h45 | 03 Mar 2018 | Justiça suspende licitação da construção do Hospital da Mulher

Crédito da foto: Reprodução Homens iniciaram trabalho no canteiro de obras na última semana de fevereiro

Por Heitor Gregório

A Justiça Estadual, através do desembargador Vivaldo Pinheiro, deferiu um mandado de segurança que teve como impetrante a empresa COMTÉRMICA COMÉRCIAL TÉRMICA LTDA, pedindo a suspensão do processo licitatório de contratação de empresa para a construção do Hospital da Mulher de Mossoró, com um valor estimado de R$ 51 milhões, sendo os recursos oriundos do projeto Governo Cidadão, o antigo RN Sustentável.

A COMTÉRMICA alegou ato ilegal e/ou abusivo perpetrado pelo governador Robinson Faria e pelo Secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira: “As autoridades assinaram contrato com empresa não vencedora da licitação”.

Para a impetrante que apresentou uma proposta de R$ 45 milhões, o processo licitatório não estava encerrado quando ocorreu o termo de contratação de uma outra empresa que seria a responsável pela execução da obra, custando R$ 7 milhões a menos do que a segunda proposta mais baixa.

Outro lado

Em nota ao blog, o Governo do Estado afirmou que “uma das empresas licitantes, que foi desclassificada por falta de comprovação das condições técnicas exigidas no edital para execução da obra”.

Veja a nota na íntegra enviada pelo Governo do RN:

“Uma das empresas licitantes, que foi desclassificada por falta de comprovação das condições técnicas exigidas no edital para execução da obra, resolveu litigar contra a comissão responsável pela licitação, dando entrada com recursos e ações judiciais em várias instâncias: na justiça comum, no TCU, no banco mundial e, agora, no Tribunal de Justiça, que lhe concedeu liminar a qual já teve defesa protocolada hoje cedo.

Nas diversas instâncias anteriores, e no TCU, a empresa licitante não conseguiu obter êxito. Confiamos que desta feita também não terá, dada a segurança técnica e jurídica com que a licitação foi realizada, algo que está sendo demonstrado e comprovado junto ao TJ.

As obras e demais contratos do acordo de empréstimo com o banco mundial (Projeto Governo Cidadão) têm fiscalização rigorosa e acompanhamento permanente com análise e aprovação prévia de cada ato pelo próprio banco, através de seus diversos especialistas. E são auditadas pelo Tribunal de Contas já durante a execução.

Infelizmente, há situações em que o direito ao contraditório consagrado em nossa Constituição é usado indevidamente por licitantes para atrasar o andamento de obras e projetos de grande importância social como é o caso, ainda que sejam sabedores de que o resultado final do que fazem seja somente isto: atrasar a entrega de hospitais, escolas e estradas que a população tanto espera e necessita”.

NOTA DO BLOG CÉSAR SANTOS: O Hospital da Mulher teve as obras iniciadas no final do mês de fevereiro, em área do campus central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), acesso ao conjunto Vingt Rosado. Trata-se de uma obra importante, decisiva para a saúde materno-infantil de Mossoró e das regiões Oeste, Salineira, Vale do Açu e Central.

O projeto foi elaborado pela gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini (2011/2014) e inserido como prioridade do programa RN Sustentável, hoje batizado de Governo Cidadão, via financiamento do Banco Mundial.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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