(*) Luiz Soares
Pra inicio de conversa, seria oportuno riscar do mapa politico, a politicagem. A teoria nefasta do toma lá e da cá é coisa de bandido proteger bandido, usufruir sem contribuir, gozar de benesses sem gerar nenhum tipo de beneficio, de qualquer ordem para a sociedade, se manter no poder a custa do sacrifício de um povo e de uma nação. A isto se refere o termo politicagem, que deve ser abolida, queimada e bem enterrada da vida cotidiana do povo brasileiro.
Como num jogo de xadrez o tabuleiro já se encontra praticamente todo arrumado. Nesta partida, se nota com muita facilidade, o desespero de um agrupamento, que se denomina de Centrão. No mais, sobrando os dois extremos. Numa ponta aqueles políticos, com as suas velhas agremiações, que se mantem na vida, num viés socialista, como atores da divina comedia. Suas bandeiras ou os seus chavões, de tanto rodar já quebrou a agulha ou furou o disco. Numa outra extremidade, políticos que se colocam na condição de direita radical, serem os heróis, simplesmente por não se enquadrarem ou não estarem incluídos na lista negra das roubalheiras e das falcatruas.
Até bem pouco tempo, lembro-me do frisson que o era, o debate de candidatos à presidência. Notadamente na era do PT. Um Lula da Silva defendendo o proletariado, enaltecendo o pobre miserável, o cidadão excluído propositadamente pelo capitalismo, o desleixo proposital com grupos e etnias, que viviam e ainda vivem na marginalidade, com os indígenas e suas peculiaridades, inclusive preservacionistas das nossas incomensuráveis diversidades, em termos de animais, vegetais e minerais, os sem terra e os sem tetos.
Dizem e é verdade. O tempo é o senhor da razão! Pois bem. Sem comentar sobre o referido período, eis que, no tempo atual, o país vive um dos maiores momentos, em se tratando da roubalheira, da formação de carteis, do individualismo pernicioso, de grupos econômicos, com as benesses do estado, do aparelhamento e criação de instituições, com o simples interesse de acomodar apadrinhados, de desvirtuamento proposital do estado, como supridor e responsável por segmentos que dizem respeito, diretamente a sobrevivência básica da população, como habitação, saneamento, estradas, transporte urbano, saúde, educação e segurança.
Como uma erupção vulcânica, o brasileiro do mais simples ou mais letrado ou bem aquinhoado, deixou transparecer a sua indignação. É um sentimento, é um estagio natural, que emergiu de dentro para fora. Acho que se valer, um tipo de comentário, que diz: Quem não quer para si, não deseja para os outros. Hipocritamente, se chega à conclusão de que o estado seja rico por natureza arrecadatória e, o contribuinte, viva no mundo das amarguras.
Diante de tais fatos, como estamos agora assistindo as diversas sabatinas com os pretensos candidatos a presidência da republica? Será com aquele mesmo comportamento de conformismo, subserviência, endeusamento ou de vassalo pela ideologia, de procurar munições para deixar transparecer o seu radicalismo natimorto? Será que já conseguimos nos comportar como observadores compenetrados com o destino do nosso país ou simplesmente de enaltecer figurões, batendo palmas e balançando a cabeça, sem que sofra nenhum critério de julgamento, a partir das suas próprias qualidades?
Se formos capazes de definir o Brasil que queremos, melhor antever, que antes do querermos devamos definir: Que Brasil eu quero e o que posso fazer para que isto se concretize, possa ser realizar?
(*) Luiz Soares da Terra Brasiliis.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.