Quinta-Feira, 27 de fevereiro de 2025

Postado às 02h45 | 19 Ago 2018 | Deus enfaixados na terra do sol

Crédito da foto: Ilustração Congresso Nacional na escuridão de Brasília

(*) Luiz Soares

As grandes atitudes são instrumentos incontestáveis que sedimentam os acordes divinos quanto à cidadania. Para se exercer a cidadania, a palavra e as atitudes são os reflexos sociais, que se perpetuam por séculos. Já o resultado da junção da palavra com atitude marca a capacidade de um povo, em analisar, entender e poder se pronunciar diante do cumprimento da Lei.

Pois bem.

A minha pulga começou quando do julgamento, pelo Congresso Nacional do afastamento da ex-presidente Dilma. O circo se mostrou em toda a sua plenitude. Dependendo do momento é que se conhecem os canalhas. Sim, porque naquela oportunidade se decidia o poder mandatário de um país, sob a égide da Ordem e do Progresso. Não se tratava de endeusar-se ou condenar-se um cidadão; mas sim, a lisura e a transparência que se exige de todos, ao lidar e administrar com honestidade, o erário advindo dos impostos pagos.

Naquela oportunidade se fez deixar cair à faixa da cafajestice, da mediocridade e da índole subserviente que marca o vassalo. Defrontamo-nos com o veredicto final. A surpresa foi por demais desastrosa e arrogante. O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski, proferiu a sua sentença matando o vernáculo, com o nome de texto legal. Separou conteúdo intrínseco de um paragrafo, inseparável até em qualquer escola primária, deste país continental. Afastou; mas, porem, contudo e, todavia, manteve os seus direitos políticos. Eis, portanto o grande momento, que deprime e fez surgir à casta dos cidadãos cultos, perante a Lei dos homens e a de Deus.

Melhor, então recorrer ao Sólon, Atenas, 638 a.C. – 558 a.C., que foi um estadista, legislador e poeta grego antigo. Foi considerado pelos antigos como um dos sete sábios da Grécia antiga e afirmou categoricamente: “As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insetos e são rasgadas pelos grandes”. Também se aplica: “Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis” - Benjamin Disraeli.

O grande segundo ato, neste processo de marcha batida, na busca da legalidade democrática, eis que surge a famosa ação jurídica conhecida com sendo a Lei do Lava Jato. Um Juiz de primeira instancia, de nome Sergio Moro, com a postura de um cavalheiro medieval, age, descortina e pune exemplarmente, figuras e figurões que supostamente se mantinham acima de tudo e todos. Nesta cruzada antológica, cada dia, novas surpresas, novos fatos, novas descobertas e, que ainda continuam, mostrando os aconchavos e roubos praticados à pátria amada. Eis, que finalmente se chegou ao pior dos piores, por sua ideologia populista, anárquica quanto aos preceitos da honra e da honestidade, de surrupiar o patrimônio do acervo palaciano e depositar num cofre do Bando do Brasil, com o nome ou alcunha de Lula.

Data vênia, o Supremo, neste intermédio se alvoroçou em jogar lama no processo, acatou, manipulou, procrastinou e com total descalabro, nos dar a entender ou a antever que tudo será diferente. Criam factoides que denigrem a inteligência do cidadão e de todos os membros, hierarquicamente das instancias jurídicas inferiores. Seria a comprovação da verborreia prolatada pelo Lula, quando afirmou que o SUPREMO SE ACOVARDOU? Ou, ao fazer afirmações gravadas com a autorização da justiça, quando afirma categoricamente que todos os processos, contra ele, devam ser socados em cada cloaca dos eméritos membros do supremo e tantas outras colocações improprias e intempestivas, ao longo da sua nefasta caminhada politica.

“Quanto maior o numero de leis, tanto maior o numero de ladroes” – Lao-Tsé. “Quando alguém compreende que é contrario à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escraviza-lo” – Mahatma Gandhi. “O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis” – Platão. “No meio das armas, calam-se as leis”- Cícero. E finalmente: “Parece-me absurdo que as leis, que são a expressão da vontade pública, que abominam e puem o homicídio, o cometam elas mesmas e que, para dissuadir o cidadão do assassínio, ordenem um assassínio publico” – Cesare Becaria!

Deus salve todos os brasileiros e, por consequência o país, de todos os maus servidores jurisconsultos da emérita Justiça Brasileira!

(*) Luiz Soares é Eng. Agro. Luiz Soares

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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