Recursos para a saúde ainda não são suficientes para bancar a rede SUS
A SAÚDE DO FUTURO GOVERNO
O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável pelo atendimento exclusivo de 75% da população brasileira, algo em torno de 208,5 milhões de pessoas. Trata-se de um dos maiores sistemas de saúde do mundo. Segundo números do Ministério da Saúde, no ano passado a rede credenciada realizou 3,9 bilhões de atendimento.
São consultas médicas em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento em Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Os números do SUS impressionam: a rede envolve em todo o país mais de 42.600 unidades básicas de saúde, o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 569 UPAs, 2.552 Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 conveniados – públicos, filantrópicos e privados.
Para sustentar a rede de atendimento, o Ministério da Saúde fica com o maior orçamento da União. A previsão orçamentária de 2018 destina R$ 130,2 bilhões, sendo R$ 119,3 bilhões para ações e serviços públicos. Volume considerável, mas não o suficiente.
O subfinanciamento da saúde pública, de responsabilidade de quem está na ponta do sistema, é o problema que castiga as gestões estaduais e municipais. A reclamação é geral, com razão. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) atesta que as verbas federais são insuficientes para custear o sistema público, o que obriga Estados e Municípios ampliar sua participação. Por consequência, a escassez de recursos castiga os hospitais privados e conveniados, com endividamento e quebradeira, o que resulta na precariedade do atendimento.
A queda dos repasses ocorre ano a ano, porque a União não leva em conta o aumento da população, a crise financeira que devolve as pessoas que tinham plano privado para o SUS, o envelhecimento da população etc..
O fluxo de recursos federais apresenta uma linha decrescente assustadora. Em 1993, a participação da União era de 72%; dos Municípios, 16%; e dos Estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas; os Municípios, 25,5%; e os Estados, 22,1%. No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os Municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%); e os Estados, R$ 68,3 bilhões (25,8%). O subfinanciamento tornou-se insustentável.
Pois bem.
Mudar essa realidade e revitalizar o SUS é um dos grandes desafios do próximo governo.
FRASE
"Nunca me senti tão bem. Até o fim do mês, se Deus quiser, estarei em alta."
JAIR BOLSONARO – Candidato líder das pesquisas, em vídeo para os seus eleitores.
PEDALADA
Mais de 300 ciclistas ocuparão o Corredor Cultural de Mossoró neste fim de semana na 69.ª Prova Ciclística Governador Dix-sept Rosado, uma das mais antigas do país. Neste ano, a prova volta ao circuito nacional e vai distribuir mais de R$ 36 mil em prêmios. Ciclistas de Mossoró e de todo o país disputarão as categorias neste sábado, às 14h, e amanhã, às 8h.
TÁ RUIM
Os motoristas (terceirizados) da Uern vão paralisar as atividades a partir de segunda-feira, 24. Eles reclamam atraso de salários e de diárias, que se arrastam desde julho. A empresa terceirizada diz que não está recebendo pagamento. O mesmo acontece com a empresa de vigilância, que deu aviso prévio a todos os funcionários. O problema ameaça as aulas no campus central da Uern.
COSTA LARGA
Ana Augusta Simas, chefe de gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do RN, foi transferida do presídio feminino de Natal (antiga João Chaves) para a Academia de Polícia Militar. De uma cela para um quarto. Justificativa: o presídio não tem condições de acomodação. E a outras detentas, serão transferidas? Com a palavra, o Estado.
SEGUE
Ana Augusta foi presa na Operação Canastra Real, que desmantelou desvio de recursos da ALRN através de funcionários fantasmas. Ela é da cota e da confiança do presidente Ezequiel Ferreira (PSDB). Espécie de "sabe tudo". Se abrir o bico... Explica-se aí o bom tratamento.
BICO LONGO
A campanha de Rogério Marinho (PSDB) já recebeu R$ 871.000,00 de doação, sendo R$ 500 mil do cofre tucano e o restante de amigos empresários. De longe, é o mais sortudo entre os postulantes à Câmara.
SALVO-CONDUTO
De hoje até o dia das eleições (7 de outubro), nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito, conforme previsto no Código Eleitoral, artigo 236, § 1°.
É NOTÍCIA
1 - A Loja Maçônica Jerônimo Rosado marcou para quinta-feira, 27, a XLIV Noite Cultural e a XXIX Sessão Magna Branca, dentro da Festa da Liberdade. No Templo do Planalto 13 de Maio, às 18h.
2 - A arrecadação de impostos pela União foi de R$ 109,751 bilhões em agosto, um crescimento real de 1,08% em relação a agosto de 2017. No acumulado do ano, a arrecadação chega a R$ 953,621 bilhões, com expansão de 6,94% em relação ao ano passado.
3 - Começou a obra de restauração da Praça Vigário Antônio Joaquim, um dos cartões portais do centro de Mossoró. Deve ficar pronta antes do início da Festa de Santa Luzia, em dezembro.
4 - Festa do Bode segue hoje com atividades do Centro de Comercialização de Animais Armando Buá. Trata-se do maior evento de caprinovinocultura do RN, com criadores de todo o Nordeste.
5 - A Usina Estivas, no município potiguar de Arez, está sendo vendida por R$ 203,6 milhões. Sai do controle da Biosev para as mãos da Pipa Agroindustrial, pertencente à corretora Socopa.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.