A governadora eleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), ignorou o encontro dos governadores eleitos com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Optou pelo suposto boicote que do grupo do Nordeste, região onde o PT elegeu quatro governadores e ajudou na vitória de outros cinco aliados.
Apenas Wellington Dias (PT), reeleição no Piauí, atendeu ao convite feito pelos organizadores do encontro.
A iniciativa de João Doria (SP) e Ibaneis Rocha (DF) teve objetivo de estabelecer uma boa relação entre os estados e o governo federal. Por isso, a importância da presença de todos.
Fátima Bezerra, porém, acompanhou a posição radical daqueles que se colocam contra Jair Bolsonaro. Não levou em conta os graves problemas que afetam o RN e a necessidade de ter o apoio de Brasília para ajudar na solução.
A futura governadora potiguar, que costuma chamar Bolsonaro de “fascista” e “ditador”, dá sinais de que vai compor a frente de confronto ao futuro presidente, priorizando a disputa política em detrimento do Rio Grande do Norte.
No encontro, ocorrido em Brasília, Jair Bolsonaro afirmou que, por vezes, é necessário adotar “medidas que são um pouco amargas” para evitar o agravamento da crise no país.
Ele não detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia. Bolsonaro lembrou que as reformas têm de passar pela Câmara e pelo Senado e pediu a compreensão dos presentes.
“Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo", afirmou Bolsonaro. “Temos de buscar soluções, não apenas econômicas. Se conseguirmos diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a fluir."
Bolsonaro destacou as potencialidades do país, como a riqueza mineral, a biodiversidade, o agronegócio e o turismo. Segundo o presidente eleito, as soluções passam pelo apoio dos estados. “Não teremos outra oportunidade de mudar o Brasil. Nós temos que dar certo. Não teremos uma outra oportunidade pela frente. Temos que trabalhar unidos nesse propósito.”
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.