(*) Luiz Soares
A indignação tem limite, tem tolerância e maturidade? Claro que sim!
O país e o mundo civilizado acompanham o desfecho, num canal que detém uma das maiores audiências, qual seja a TV Justiça. Somam-se outros canais, como a TV Câmara e a TV Senado, como sendo a fonte dos maiores acontecimentos, da vida nacional brasileira.
Esses dois segmentos, ou seja, o Judiciário e o Legislativo travam uma batalha intima, com os seus rituais específicos, que em nada apresentam, neste exato momento, de algo bom que possa nos oferecer tranqüilidade. Duvidamos de tudo e de todos. Do outro lado, uma população que soube ouvir, endossou e elegeu um Presidente.
Teoricamente ou imaginariamente, na impaciência da compreensão e discernimento, faz pairar no ar uma desconfiança quase escancarada, de que está em curso, uma manobra, uma conspiração proposital, contra aproximadamente 58 milhões de eleitores, um numero, que pode ser representado por um nome - Jair Messias Bolsonaro.
Seria por assim dizer, um confronto onde o astro principal, o sol de primeira grandeza, com o nome de Brasil, foi colocado em segundo plano. São artimanhas, conchavos e desculpas espúrias, que ao nosso entender nada mais o é, senão a Lei do salve-se quem puder. Alguns partidos e políticos (Deputados Federais e Senadores), além de alguns Ministros, supostamente atolados num mar de lama, se mostram cinicamente, contra os nossos interesses nacionais.
Os votos e a consciência da indignação dos eleitores de nada valem. Os votos de nada valem diante do aparelhamento do Estado, que se diz de direito. Os votos em nada nos credenciam em podermos interferir, diretamente e frontalmente nesta batalha.
As nossas atenções se voltam para o Congresso Nacional e o Judiciário Brasileiro. Para completar o cenário dantesco, ainda temos que aturar a figura de um PRESIDIÁRIO, que mais parece um repórter, inquilino de luxo ou conselheiro político.
O caldeirão da roubalheira, com o seu caldo de ladrões indiciados ou não, em função de uma desgraça chamada imunidade, que para nós se chama IMPUNIDADE, fervilha putrefato, de forma acintosa. Seria esse o preço que devemos pagar, para simplesmente afirmarmos que vivemos no auge da Liberdade Democrática? Claro que não, pois o preço representa um fardo muitíssimo pesado, para os nossos cansados ombros, na qualidade de verdadeiros burros de cargas, eternos e idiotas pagadores de impostos.
Neste desespero, nos agarramos a Constituição. Lá, encontramos o nosso efêmero consolo, ao nos depararmos como o seguinte dizer: O PODER EMANA DO POVO. Daí, perguntamos: Qual o poder se não dispomos nem ao menos da força do voto?
O caminho é buscar a maturidade, o patriotismo que nos matem e nos levou a eleger, ocupar as ruas e mostrar a nossa indignação. A resposta aparece de uma única forma: Exigir o cumprimento do artigo 142, afim de, podermos sonhar com a limpeza geral e, por conseguinte o reordenamento da vida nacional. Seria o mais eficiente e eficaz método para o momento presente?
O país foi saqueado, está estagnado e ferido. Todos os setores da economia estão paralisados, nas portas da falência ou já falidos. O desemprego atinge patamar deveras preocupante, a fome não pode esperar. A conta cresce e a receita desaparece. O mundo pode nos ajudar com os seus pesados investimentos. Mas, se o artigo 142 estiver ou vier a ser posto em plena evidencia, quem virá nos ajudar neste clima? Com certeza nenhum deles!
Que tal buscarmos o grande aconselhamento de um Sócrates: “O segredo da mudança é concentrar toda a sua energia, não na luta contra o velho, mas na construção do novo.”
Portanto, a sabedoria deva prevalecer, neste momento. O humanitarismo deva ser a nossa bandeira e RESISTIR a todo custo. Precisamos cultivar a paciência e nunca a covardia, em nome da Ordem e do Progresso!
(*) Luiz Soares é engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.