O jornalista norte-americano Glenn Greenwald acusa o ministro Sérgio Moro
GUARDADO A SETE CHAVES
O advogado e jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do site “The Intercept Brasil”, não irá entregar às autoridades brasileiras as mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, que basearam reportagens publicadas pelo próprio site, e repercutidas por veículos de imprensa do País, além, claro, da distribuição nas redes sociais.
E por que Glenn não entregará as provas de suposto “arrumadinho” da Lava Jato para condenar os corruptos que drenaram bilhões de reais da Petrobras? “Porque isso só acontece em países autoritários”, respondeu ele, durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quinta-feira, 11.
Segundo Glenn, a autenticidade das mensagens foi verificada por profissionais de confiança. Quem? Os peritos do próprio “The Intercept”.
O dono do Intercept aproveitou a audiência para descascar contra Sérgio Moro. O ex-juiz tem dito que não reconhece a autenticidade dos diálogos porque sequer teve acesso ao conteúdo, e que não lembra de tais diálogos. “Sérgio Moro está fingindo que tem quase amnésia, tem uma memória tão incapacitada que ele não pode lembrar nada. Isso não tem credibilidade nenhuma”, atacou Glenn.
Em seguida, Glenn garantiu que não defende nenhum político, partido nem ideologia, e que seu trabalho é baseado nos “princípios fundamentais” da democracia.
Beleza, Glenn.
Porém, histórico do norte-americano no Brasil diz diferente. Ele empunhou a bandeira governista e petista de que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi um “golpe de estado, uma trama das elites políticas brasileiras com auxílio da mídia corporativa para tomar o poder executivo através da atuação de parlamentares no âmbito das instituições públicas.” Ele ganhou notoriedade como uma ativista da causa petista.
A vida pessoal de Glenn Greenwald também desafia a sua afirmação de que não defende “nenhum político, partido nem ideologia”. Ele é casado há 14 anos com o brasileiro David Miranda. Em 2016, Miranda se elegeu vereador no Rio de Janeiro pelo Psol. Em 2019, passou a ocupar a vaga de deputado federal de Jean Wyllys (Psol), que renunciou ao mandato e deixou o País alegando que vinha recebendo ameaça de morte. Como se sabe Wyllys é um defensor ferrenho do ex-presidente Lula (PT) e um adversário radical da Lava Jato.
Não há dúvida de que a série de matérias do Intercept interessa desmontar a Lava Jato e tirar Lula da prisão em Curitiba, onde cumpre pena pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Nem precisa desenhar.
Mas, voltando à autenticidade dos diálogos. Se Glenn se nega a entregar o conteúdo às autoridades, como os acusados pelo Intercept poderão se defender? E se são verdadeiros, porque não entregá-los para se fazer justiça?
O direito à defesa não é coisa de “autoritário”, mas de País democrático. Ou a democracia é seletiva? Fala sério.
FRASE
"Nós não entregamos e nunca vamos entregar nossa material para a polícia ou tribunais."
GLENN GREENWALD – Dono do site The Intercept Brasil, se negando a provar a autenticidade dos diálogos entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro.
SÃO CAMILO
A empresária Zilene Medeiros, diretora-presidente da TCM Telecom, lança hoje o livro "Casa de Saúde São Camilo de Léllis - Pioneirismo e Resistência da Saúde Mental". Conta a história do São Camilo, hospital psiquiátrico criado pelo médico Milton Marques de Medeiros (in memoriam), seu esposo. A solenidade acontece no Parque das Antenas da TCM, às 19h30.
FGTS
A Caixa Econômica Federal (CEF) deverá elaborar em três semanas o calendário de pagamento do FGTS dos servidores públicos municipais, referentes ao período de 1977 a 1991. O calendário será apresentado em audiência marcada pela juíza Janaína Vasco Fernandes, titular da 3ª Vara do Trabalho de Mossoró, para o dia 6 de agosto. Mais de três mil servidores receberão o benefício.
SIM
Entre o compromisso com o País e a política da popularidade, cinco deputados federais do RN fizeram a primeira opção ao dizer SIM à nova Previdência. Registre-se: Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Walter Alves (MDB), Benes Leocádio (PRB) e João Maia (PR).
NÃO
Já Natália Bonavides (PT) e Rafael Motta (PSB) optaram pelo caminho mais fácil e disseram NÃO à nova Previdência. Ganharam discurso populista. Desconsideraram que o País precisa da reforma para voltar ao crescimento.
DEVER DE JUSTIÇA
O deputado Eliéser Girão (PSL) não votou porque está se recuperando de uma cirurgia no Hospital do Coração, em São Paulo. Mas, desde do primeiro momento, lutou pela reforma da Previdência.
ESCOLA MILITAR
O Ministério da Educação pretende implantar no país 108 escolas cívico-militares até 2023. Natal receberá uma das primeiras, conforme anunciou o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
AINDA BEM
A governadora Fátima Bezerra (PT) desistiu de alugar carro blindado, com dinheiro público, para o seu uso. A licitação foi dispensada.
É NOTÍCIA
1 - Nesta data, em 2002, o governador Fernando Freire inaugurava em Mossoró o restaurante Popular ''Barriga Cheia", com almoço ao preço de R$ 1. O programa funciona até hoje em todo o RN.
2 - Os advogados do RN elegem nesta sexta-feira, 12, a lista sêxtupla ao Quinto Constitucional do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-21). São 23 candidatos na disputa. A votação acontece das 9h às 17h. O resultado será conhecido ainda hoje.
3 - Há anos era fundado, em Mossoró, o Grupo de Escoteiros Monsenhor Américo Simonetti, tendo como primeiro presidente Regenildo Silva. Sediado na Escola Padre Sátiro Cavalcanti Dantas.
4 - A governadora Fátima Bezerra (PT) abre as portas hoje da Central do Cidadão de Apodi, e depois sobe a serra de Martins para prestigiar o Festival Gastronômico e Cultural. Amanhã, a governadora abre a Central do Cidadão de Pau dos Ferros.
5 - Nesta data, em 1980, uma pesquisa promovida pelo jornal Parisa Match apontava Pelé o atleta do século. A indicação foi feita por jornalistas de 19 países ouvidos pela publicação francesa.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.