De O GLOGO
Em delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, o ex-ministro Antonio Palocci afirma que alguns dos principais bancos do país fizeram doações eleitorais que somam R$ 50 milhões a campanhas do PT em troca de favorecimento nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Em trechos de sua delação obtidos pelo GLOBO, Palocci citou os termos dos acordos com as instituições financeiras e o que receberam em troca. O ex-ministro afirma, por exemplo, que ele e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega davam a executivos dos bancos, em reuniões num escritório na Avenida Paulista, informações privilegiadas como a antecipação de mudanças na taxa de juros pelo Banco Central.
As afirmações de Palocci envolvem ainda influência em decisões do BNDES e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em fusões empresariais e outras relações comerciais para beneficiar instituições que doaram ao PT.
Os bancos, as demais empresas, o PT e os ex-integrantes dos governos petistas citados — Mantega e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho — afirmam que o relato de Palocci é mentioso e que não cometeram irregularidades.
Leia aqui a íntegra da reportagem que revela os bancos citados e a delação de Palocci
Tags:
César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.