Quinta-Feira, 13 de fevereiro de 2025

Postado às 09h00 | 13 Ago 2019 | Cidade Junina movimentou mais R$ 94 milhões, revela estudo

Crédito da foto: Carlos Costa/PMM Mossoró Cidade Junina é uma das maiores festas juninas do País

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) recebeu o resultado final do estudo de viabilidade econômico-financeira do Mossoró Cidade Junina 2019. A pesquisa foi elaborada pela Universidade Potiguar (UNP), através do curso de Administração e Ciências Contábeis. Com estimativa de público de quase 1 milhão de pessoas, o evento contou com gasto médio individual de R$ 102, totalizando movimentação de mais de R$ 94 milhões. O número é superior ao dado divulgado de forma preliminar pela universidade.

De acordo com o professor Josivan Alves, coordenador do estudo, a pesquisa contou com a aplicação de questionários, tendo como objetivo quantificar o gasto médio por visitante no evento. Desse número, 92% do valor movimentado corresponde aos três polos: Pingo da Mei Dia, Estação das Artes e Boca da Noite.

“O Pingo da Mei Dia alcançou o investimento médio de R$ 218,55, a Estação das Artes de R$ 122,63 e Boca da Noite com R$ 92,07 per capita”, informa.

As informações demonstram a maior movimentação dos três eventos e, sobretudo, a consolidação do Boca da Noite como importante fomentador da economia local. “Tendo em vista que é um evento recente e com menor duração comparado ao Pingo”, explica o secretário de Cultura, Eduardo Falcão.

Os dados mostram que os demais polos, tais como Chuva de Bala, Cidadela, Arena das Quadrilhas e Cultura Popular, também são fundamentais do ponto de vista estratégico para a economia local. “São polos que apresentaram uma rentabilidade menor, mas com funções estratégicas, tendo em vista que conduzem turistas e frequentadores para circulação em toda a área da festa”, complementa o professor, citando ainda que todos os eventos se pagaram, ou seja, o montante que circulou na cidade superou o investimento do Município na realização do São João.

A média de retorno do MCJ 2019 ficou em R$ 12,93. Dentre os polos, o de maior retorno é o Pingo, com média de R$ 47,28. “Seguido do Boca da Noite, com R$ 16,78, e da Estação das Artes, com R$ 13,31, enquanto a média do evento foi de R$ 12,93”, confirma Josivan.

Para chegar aos dados, a metodologia baseou-se no ROI (Return on Investment), que é o retorno sobre o investimento, considerando não o valor total estimado em cada polo, mas sobre esse valor descontar todos os custos e despesas que foram necessárias para realização do MCJ.

“Apresentamos aqui um estudo com embasamento científico, uma análise criteriosa feita pela universidade. O questionamento deve ser apresentado com fundamento. Observamos que em outros anos outras pesquisas foram realizadas, mas com metodologias e objetivos distintos”, argumentou o coordenador da pesquisa.

Para a prefeita, o estudo confirma a viabilidade do MCJ e auxilia as equipes do Município na captação de recursos, visando maior investimento do setor privado no evento. “O Mossoró Cidade Junina é um grande incentivador de emprego e renda. Temos isso aqui confirmado e contabilizado em pesquisa. Sabemos que essa movimentação não se resume ao mês de junho. Ela é registrada antes e depois do evento, com investimentos em toda a cadeia produtiva do turismo local e regional”, finaliza a prefeita Rosalba Ciarlini.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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