Na reportagem do JORNAL DE FATO sobre os cortes e redução de orçamento da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), publicada na edição de sábado (24), um erro foi observado por assessores da governadora Fátima Bezerra (PT):
O corte no custeio é de R$ 300 mil mês e não “R$ 300 milhões” como publicado de forma errada. Impossível o montante de R$ 300 milhões, já que o orçamento anual da instituição não se aproxima desse valor. Vale, então, o pedido de desculpas ao leitor.
No entanto, um ponto ficou bem claro, agora, admitido pelo governo: a tesoura cortou de R$ 1,8 milhão para R$ 1,5 milhão por mês, o que representará ao final do ano um corte de R$ 3,6 milhões no orçamento da Uern.
Além disso, como destacado na reportagem, o o governo Fátima Bezerra ambém reduziu o orçamento executado – até aqui – em mais de R$ 22 milhões em relação ao mesmo período de 2018. Veja os números:
Em 2019 foram executados: R$ 134.837.351,07;
Em 2018 foram executados no mesmo período: R$ 157.488.881,22.
A redução, em números exatos, é de R$ 22.451.530,15.
Além disso, o governo Fátima cortou investimentos em 100%, deixando a Uern com “zero” para tocar os seus projetos.
Para o presidente da Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Uern, vereador Francisco Carlos (PP), a governadora Fátima está tratando a Universidade Estadual a “pão e água”.
Francisco Carlos, que também é professor doutor da Uern, diz que não sabe como a instituição ainda está funcionando, uma vez que o corte mensal de R$ 300 mil e a redução em mais de R$ 22 milhões em sete meses de 2019, comprometem totalmente a estrutura da Universidade.
O fato é que nunca o orçamento da Uern foi tão esvaziado como agora.
E o funcionamento comprometido e de futuro incerto.
Só a luta da sociedade, caso queira preservar a Uern, fará a governadora Fátima mudar o tratamento que tem dispensado ao ensino superior estadual.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.