Quarta-Feira, 12 de fevereiro de 2025

Postado às 09h15 | 03 Out 2019 | Coluna César Santos - 3 de outubro

Crédito da foto: Reprodução Escola Cívico-Militar funciona no Brasil

POLÍTICA PARTIDÁRIA NOCIVA

O Governo do Rio Grande do Norte dispensou investimento de R$ 2 milhões em Educação ao rejeitar o programa de incentivo à criação de escolas cívico-militares. Perdeu todos os prazos, deliberadamente, por entender que a proposta do Ministério da Educação, do governo do presidente Jair Bolsonaro, não é democrática, como se fosse possível falar em democracia eliminando um direito de escolha do cidadão.

O acesso à escola cívico-militar é tão democrático quanto o acesso a qualquer outra escola do ensino público e privado brasileiro. O direito de escolha aonde vai estudar, por parte do estudante, é o exercício da democracia. Portanto, não justifica o discurso de que “a educação tem que ter liberdade de expressão” e a escola cívico-militar “fere” esse princípio.

Quem fala assim, está faltando com a verdade. Cabe ao cidadão não comprar a primeira ou a versão de interesses meramente políticos. Que tal se inteirar do programa que visa implantar pelo menos duas escolas cívico-militares em cada estado? É só entrar no site do Ministério da Educação e pesquisar. Assim, você, leitor, estará livre de qualquer influência suspeita.

O conteúdo do programa afirma que a escola cívico-militar propõe uma gestão compartilhada entre educadores e militares. As ações vão se concentrar em três áreas primordiais:

1 – Educacional: atividades para fortalecer valores “humanos, éticos e morais” e incentivar a formação integral dos alunos;

2 – Didático-pedagógica: atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino e aprendizagem;

3 – Administrativa: ações para melhorar a infraestrutura e organização das escolas.

Vale ressaltar que dentre os critérios de acesso ao programa, terão preferência as escolas que tenham estudantes em situação de vulnerabilidade social e Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) abaixo da média do estado.

A gestão compartilhada terá professores, supervisores e diretores da rede pública e o Ministério da Defesa oferecerá militares da reserva das Forças Armadas para trabalhar nas escolas que aderirem ao programa. Os militares serão selecionados por meio de processo seletivo, com tempo mínimo de serviço de dois anos. Estados e municípios poderão selecionar policiais e bombeiros militares para auxiliar na disciplina e organização das escolas.

Portanto, o que há de errado ou de nocivo na escola cívico-militar? Nada, absolutamente nada. Trata-se de um modelo de escola que será oferecido como mais uma opção, e que caberá a cada cidadão fazer a escolha ou não.

O que está errado é um Estado, como é o caso do Rio Grande do Norte, com um dos piores índices do Ideb do país, com a rede de ensino pública caindo aos pedaços, recusar investimentos novos em Educação por uma questão partidária.

Isso é um absurdo inaceitável.

 

FRASE

"Educação tem que ter liberdade de expressão e esse modelo fere esse princípio.”

ISOLDA DANTAS – Deputada, em discurso contra a implantação das escolas cívico-militares no RN.

 

IMORTAL

 Hoje, completa 10 anos do falecimento do professor e escritor João Batista Cascudo Rodrigues, um dos principais nomes da luta pela criação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), sendo o seu primeiro reitor. Também foi diretor do Museu Lauro da Escóssia, secretário do Planejamento, chegou a narrar jogo de futebol e imortal de diversas academias de letras.

 

ESTÁ DIFÍCIL

 Os bandidos fizeram de refém uma família inteira no conjunto Vingt Rosado, repetindo o que já fizera no Santa Delmira, Nova Betânia e outros bairros da cidade. Levaram o carro, eletrodomésticos e até a feira. A ação na noite de terça-feira, 1º, não teve qualquer reação do aparelho de segurança. Os bandidos agiram à vontade, sem sofrer resistência do Estado.

 

TÚNEL DO TEMPO

 Nas eleições de 1992, realizadas nesta data, o PT conseguiu eleger os dois primeiros vereadores para a Câmara de Mossoró: os professores Júlio César Fernandes e Telma Gurgel. Fato histórico. No entanto, antes da posse, o PT já havia perdido Júlio César, que saiu para outra legenda. Telma permaneceu com a estrela solitária nos quatro anos de mandato.

 

TÚNEL DO TEMPO II

 Nas eleições de 2010, realizadas nesta data, a pediatra Rosalba Ciarlini era eleita governadora do RN, em primeiro turno, com 813.813 votos (52,46%), derrotando o então governador Iberê Ferreira (falecido), que recebeu 562.256 (36,25%).

 

PNEUMONIA

 O Antagonista noticia que o senador potiguar Styvenson Valentim (Podemos) foi internado em um hospital particular de Brasília, com princípio de pneumonia. O quadro de saúde é estável. Styvenson foi o único senador potiguar a votar a favor da nova Previdência.

 

LIVRO

 O advogado Olavo Hamilton vai a Brasília lançar o seu terceiro livro - “Drogas - criminalização simbólica", prefaciado pelo dr. Marcelo Neves. Será na segunda, 7, no plenário do edifício-sede do Conselho Federal da OAB.

 

 É NOTÍCIA

1 - A edição impressa do JORNAL DE FATO não circulará nesta sexta-feira, 4, por conta do feriado de hoje. A cobertura jornalística continua em tempo real no portal defato.com.

2 - O padre Fábio de Melo anuncia que fará só mais 11 shows antes de encerrar a carreira. Uma das apresentações será em Mossoró no dia 1º de dezembro, no Thermas Hall. A nova casa de eventos da cidade será inaugurada um dia antes, com show de Fábio Jr.

3 - O jornalista Heitor Gregório noticia que a mossoroense Keity Ferreira de Souza Saboya vai ser juíza auxiliar do Conselho Nacional de Justiça, em Brasília, a convite do ministro Emmanuel Pereira.

4 - O juiz federal Ivan Lira de Carvalho vai ocupar a cadeira 34 da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL). Com 30 votos recebidos, o novo imortal superou o teatrólogo Racine Santos (seis votos) e a escritora Naide Gouveia (não foi votada).

5 - O agente de trânsito Aremir Gonçalves morreu em acidente na BR-304 - a “Estrada Morte" -, altura de Lajes. Ele tornou-se conhecido em Mossoró quando foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo professor Josué Moreira (PSDC), em 2014.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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