Em reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, o Deputado Francisco do PT, relator do projeto de reforma da Previdência do governo estadual, disse que precisaria de mais tempo para conhecer a matéria da PEC da morte e propôs uma sessão extraordinária na quinta-feira, dia 20. No entanto, foi obrigado a mudar de opinião depois que Raimundo Fernandes e George Soares, líder do governo, interferiu na fala do parlamentar. Por causa da interferência, Francisco voltou atrás como um cachorro arrependido.
Ou seja, cedendo aos colegas, Francisco apresentou um relatório favorável ao governo e contrário aos servidores públicos.s, a qual admitiu não conhecer e ignorando o fato de que ela vai prejudicar a vida dos servidores ativos, aposentados e pensionistas do Rio Grande do Norte. O parlamentar, com isso, não apresentou o relatório, apenas cumpriu uma ordem.
O projeto tem 24 páginas, além de 60 páginas do cálculo atuarial. São quase 2 mil linhas. Em 30 minutos, ele leu 84 páginas e escreveu um relatório de 03 páginas. O deputado gastou cerca de 23 segundos por página na leitura. Antes, ele já tinha declarado que não tinha conhecimento do projeto. A cena lembrou o relator da Lava Jato no caso do ex-presidente Lula, no TRF-4.
No quesito rapidez, Francisco foi rápido em se juntar ao Governo do RN na tentativa de penalizar ainda mais os trabalhadores estaduais.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.