O hospital privado São, transformado em hospital de campanha em Mossoró, deve começar a funcionar nos próximos dias com 100 leitos para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O hospital de campanha foi possível através da parceria do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Prefeitura de Mossoró, a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
O valor do contrato é de R$ 1.040 milhão por um período de quatro meses, sendo R$ 260 mil por mês.
A Apamim vai gerenciar e ofertar, de modo exclusivo ao Sistema Único de Saúde (SUS), até 35 leitos de UTI adulto e 65 leitos clínicos (de retaguarda).
Com esses novos leitos, somados aos 39 que estão sendo abertos na UPA do Belo Horizonte (unidade de campanha), o município passará a contar com 139 leitos dedicados à covid-19.
Beleza.
Agora, cadê os 170 leitos hospitalares que a governadora Fátima Bezerra (PT) prometeu instalar em Mossoró?
Não vale contar os 100 leitos do São Luiz, que são frutos da parceria do MP, MPT, Apamim, Prefeitura e governo.
Para se ter ideia da participação do governo estadual no funcionamento desses leito, o governo prometeu repassar apenas R$ 186.313,80 durante quatro meses, que é o período vigente do contrato. Isso representa R$ 744.135,20.
A Prefeitura de Mossoró vai repassar R$ 4.140 milhões, sendo que de imediato transferirá R$ 594 mil para a Apamim, que vai administrar o hospital de campanha.
Vale lembrar que até agora, dos 170 leitos prometidos, estão funcionando apenas 10 leitos de UTI no Hospital Tarcísio Maia, mesmo assim, por trabalho da sociedade civil organizada, que construiu e instalou os leitos.
A promessa de 170 leitos hospitalares para Mossoró foi feita pela governadora Fátima no dia 30 de março, durante a teleconferência com a prefeita Rosalba Ciarlini.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.