O novo ministro da Justiça, André Mendonça, foi realocado da Advocacia-Geral da União (AGU) para a pasta após o pedido de demissão do então ministro Sergio Moro.
Também nesta terça-feira, Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal.
O ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, chegou a ser cotado para substituir Moro, mas Bolsonaro foi questionado por aliados sobre a conveniência de escolher um amigo da família para o posto.
A avaliação de aliados do presidente era a de que o movimento daria força à tese de que o Planalto estaria atuando para ter controle sobre a Polícia Federal e, assim, ter acesso a relatórios de investigações.
Antes da nomeação, André Luiz Mendonça era tido como uma espécie de consultor informal da bancada evangélica no Congresso. Pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, e bacharel em Teologia, Mendonça tem sido procurado por deputados deste segmento religioso, que buscam apoio jurídico para destravar suas agendas no Parlamento.
O nome do novo ministro da Justiça é apontado como uma das opções de Bolsonaro para a primeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será obrigatoriamente aberta em 1º de novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello completará 75 anos de idade e terá que deixar o tribunal. Ele ganhou força quando Bolsonaro afirmou no ano passado que pretendia nomear um ministro "terrivelmente evangélico" para a Corte.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.