A Prefeitura de Mossoró pode fechar as entradas da cidade para evitar o fluxo de pessoas de municípios da região, como medida de contenção à pandemia do novo coronavírus.
Essa possibilidade foi levantada na reunião da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) com a comissão responsável pelas ações de combate à Covid-19, ocorrida nesta segunda-feira, 4, no Palácio da Resistência – sede da Prefeitura.
O fluxo de veículos e pessoas das regiões do Médio/Alto Oeste, Vale do Açu, Costa Branca e parte do Ceará continua intenso apesar das medidas de isolamento social. Por gravidade, Mossoró acaba arcando não apenas com o risco de avanço da pandemia, mas também de colapso na rede de saúde, uma vez que os municípios estão mandando pacientes para as unidades de saúde da cidade.
“Nós estamos analisando essa questão, principalmente com relação ao Estado do Ceará, onde o fluxo de entrada em Mossoró continua bastante elevada”, disse a prefeita Rosalba em entrevista ao JORNAL DE FATO. “Mas, temos, também, que observar outras situações, para não penalizarmos nossos vizinhos”, ressaltou.
A prefeita, baseada no estudo que é feito diariamente pela chamada “comissão da crise”, decidiu prorrogar as medidas restritivas por mais 15 dias. A decisão foi baseada no número de infectados que aumentou nos últimos dias e, também, na taxa de isolamento que baixou em todo o Estado.
Dessa forma, parte do comércio de Mossoró continuará fechado por mais duas semanas, como lojas de departamento, calçados, eletrodomésticos, papelaria, entre outras. Também permanecerão fechados os bares, restaurantes, clubes, templos religiosos e outros ambientes que sugerem aglomeração.
ESTADO
O Governo do Estado também prorrogou por mais 15 dias as medidas de isolamento social. O novo decreto está publicado na edição do Diário Oficial desta terça-feira, 5.
O decreto anterior, que foi foi renovado, suspende as aulas presenciais até o dia 31 de maio, e manteve fechado os restaurantes, bares, lanchonetes e praças de food truck, devendo funcionar exclusivamente com sistema de entrega ou com ponto de coleta dos alimentos. O consumo em mesas nestes locais está proibido.
Além das atividades de assistência médica e de comercialização de alimentos, como supermercados e padarias, é permitido o funcionamento de: oficinas, borracharias, lojas de autopeças, hotéis e pousadas, agências de emprego temporário, serviços de consertos de computadores, lavanderias, atividades de seguro e de contabilidade, serviços de venda e locação de imóveis e automóveis, barbearias e manicures; e atividades de assessoria, consultoria e representação jurídica.
Continuam suspensas atividades coletivas de qualquer natureza, públicas ou privadas, como festas, shows, atividades desportivas, feiras, exposições. Passeatas e carreatas passam a ser proibidas para evitar aglomerações.
A dez dias da data fatal de 11.378 mortes por covid-19 no RN, projetadas pelo governo Fátima Bezerra (PT), o estado tem confirmados 65 óbitos pela doença.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.