Presidente Bolsonaro tem o escudo de um terço da população brasileira
BRASIL É BEM MAIOR
A pesquisa CNT/MDA revela que a desaprovação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu 12 pontos entre janeiro e maio. O levantamento divulgado nesta terça-feira, 12, mostra que 43% dos brasileiros entrevistados consideram negativo o desempenho do capitão. Em janeiro, data da última pesquisa CNT/MDA, a desaprovação era de 31%.
Já os que aprovaram o presidente somam 32%, segundo o levantamento. Em janeiro, eram 35%.
Também caiu, em nove pontos, o índice daqueles que consideram o seu governo regular: de 32%, em janeiro, para 21% agora.
A CNT/MDA também aferiu que os brasileiros se dividiram sobre a saída do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Para 39,9% o combate à corrupção vai continuar do jeito que está. Número semelhante é dos que responderam que o combate à corrupção vai piorar: 39,7%. Outros 12% acreditam que haverá uma melhora com a saída de Moro.
Pois bem.
A maioria dos veículos de imprensa do País destacaram o crescimento do índice de rejeição ao presidente Bolsonaro. Realmente, são 12 pontos a mais do que ele tinha há cinco meses. A desaprovação pode ter sido oxigenada pelas atitudes reprováveis do presidente do que pelas ações do governo no combate à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro vai mal, muito mal, nas palavras. Cada vez que abre a boca é um desastre. O governo vai bem, muito bem, nas ações da saúde e na assistência social aos mais carentes.
Agora, há um ponto importante que oferece leitura para entendimento do comportamento do presidente. Um terço da população brasileira (32%, segundo a CNT/MDA) permanece firme com ele. O universo de bolsonaristas sustenta o presidente na cadeira e permite a ele bater de frente com o politicamente correto.
Não há na história deste País nada parecido.
Inimaginável um presidente falar tanta coisa agressiva, agir de forma tão desrespeitosa, como o passeio de Jet ski no dia que o País chorava a marca de 10 mil mortes pela Covid-19, e se manter firme no poder. É como se a voz estranha do Bolsonaro suavizasse os ouvidos de sua torcida e, por gravidade, construísse uma muralha de proteção.
De sorte, as muralhas não são intransponíveis. Nem Bolsonaro é invencível.
O Brasil é maior do que isso.
FRASE
Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra
CARLOS DA COSTA - Secretário especial do Ministério da Economia, sugerindo a manutenção do auxílio emergencial pós-pandemia do coronavírus
FOLHA DE MAIO
O Governo do Estado começa a pagar hoje a folha de maio. Recebem os servidores da Segurança (integral) e da Saúde (quem ganha até R$ 4 mil; acima desse valor sai um vale de 30%). Amanhã o governo paga servidores da administração direta e indireta, e na sexta-feira inativos e pensionistas. O pagamento será feito integral para quem ganha até R$ 4 mil e 30% para quem recebe acima desse valor.
ENQUANTO ISSO...
Os trabalhadores terceirizados da Universidade do Estado do RN (UERN) não recebem salários há três meses, nem há previsão de quando terão o dinheiro nas suas contas. Além dos salários atrasados, ainda não foram pagos quatro meses de vale-transporte e de vale-alimentação. A situação é bem crítica. Os terceirizados estão em isolamento social, contas atrasadas, e muitos passando fome.
FALTAM 2 DIAS
O governo Fátima Bezerra (PT) precisa contar hoje 5.642 mortes e o mesmo número de óbitos amanhã, para confirmar a projeção macabra de 11.378 mortes pelo coronavírus em 15 de maio. O boletim da Sesap desta terça-feira, 12, confirma 93 óbitos em todo o RN.
CONTAGEM
A projeção do governo foi feita no dia 7 de abril, pelo secretário de Saúde Cipriano Maia. Pelo absurdo do número de mortes projetado, a coluna combateu de pronto, para não deixar o cidadão potiguar apavorado. Daí, a contagem regressiva para não permitir o terrorismo.
ELEIÇÃO VIRTUAL
Vai ter eleição para reitor da Ufersa. Será virtual, dia 15 de junho. Quatro candidaturas estão postas: 1 - ex-reitor Josivan Barbosa; 2 - professora doutora Ludimilla Oliveira; 3 - professor doutor Rodrigo Sérgio; 4 - professor doutor Rodrigo Codes, este último apoiado pelo atual reitor José Arimatea Matos.
TEM ÁGUA, MAS...
A Caern suspendeu abastecimento de água nos últimos dias em cidades do Oeste, do Seridó, do Agreste e Vale do Açu. Como está havendo um grande inverno, fica claro: água tem em abundância, o problema é de estrutura e gestão na Caern.
É NOTÍCIA
1 - Sete milhões de brasileiros em trabalho formal tiveram salários reduzidos ou suspensos. O turismo é um dos setores mais castigados. Efeitos agudos do coronavírus, que custarão a curar.
2 - Há nove anos, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Abolição II, se desligava da Paróquia de São José e passa a condição de paróquia pelo decreto 03/2011, assinado pelo bispo dom Mariano Manzana. É a trigésima paróquia da Diocese de Mossoró.
3 - E quando o brasileiro mais necessitado gastar um último centavo da terceira e última parcela do auxílio emergencial? O governo já disse que não tem dinheiro para tornar a ajuda permanente.
4 - O presidente Bolsonaro decretou que academias, barbearias e salões de beleza são serviços essenciais, logo, devem reabrir. No RN, há tempo que barbearias e salões de beleza foram reabertos. Mas, as academias continuam no cadeado.
5 - Câmara de Mossoró realiza sessão remota nesta quarta-feira, 13, para apreciar mais de 110 matérias. A pauta está trancada há dois meses, quando as atividades presenciais foram suspensas devido ao isolamento social. A sessão será aberta às 9h.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.