Sexta-Feira, 07 de fevereiro de 2025

Postado às 13h30 | 16 Mai 2020 | E o RN não virou um cemitério

Crédito da foto: Reprodução Secretário Cipriano Maia com a governadora Fátima Bezerra

A pergunta que não pode ficar sem resposta: por que o governo Fátima Bezerra (PT) levou terror à população do Rio Grande do Norte, projetando mais de 11,3 mil mortes pela Covid-19?

O governo tem obrigação de apresentar uma resposta séria, verdadeira.

As instituições responsáveis pelo zelo da coisa pública têm obrigação de investigar o caso e apresentar uma resposta à sociedade.

O que não pode, e não pode mesmo, é o silêncio do governo e demais autoridades, como aposta de que daqui a pouco o gravíssimo caso cai no esquecimento.

Todos sabiam que 11,3 mil mortes entre 7 de abril e 15 de maio era uma invenção do governo. Não havia, como de fato não há, qualquer sustentação científica que justifique a projeção macabra.

Os números são absurdos. O RN chegou ao dia 15 de maio com 122 óbitos, ou 11.256 a menos do que projetado pelo governo. Um erro de 99%.

Veja, por exemplo, que o Estado de São Paulo, a maior cidade brasileira e da América do Sul, epicentro da pandemia do coronavírus no País, registrou 4.315 óbitos neste período.

O Rio de Janeiro, com segundo maior número de mortes, registrou 2.247;

Ceará, terceiro no País, 1.413 óbitos;

E, o Amazonas, quarto em número de mortes, 1.235.

Somando as mortes nesses quatro estados chega ao número de 9.210, mesmo assim, menos 2.188 das 11.378 mortes que ocorreriam no RN se o governo Fátima tivesse falado a verdade.

A projeção macabra varreria do mapa populacional potiguar quase sete Viçosa, município do Alto Oeste, ou quase uma Governador Dix-sept Rosado, no Médio Oeste.

Esses números comparativos são aterradores. Não há como aceitar uma explicação do tipo “as mais de 11 mil mortes não aconteceram porque o governo adotou medidas”, até porque as medidas do governo Fátima em relação à Covid-19 foram frágeis e, nem mesmo o isolamento social alcançou o índice razoável de 60%, ficando na média dos 45%, e oscilando para baixo.

O mais desprezível disso tudo é que o governo brincou com a vida das pessoas. Quantas famílias se desesperaram, quantas adoeceram, quais as consequências carregadas?

Um gestor não tem o direito de tabular número de vidas, como se estivesse brincando de joguinho de matemática.

Inadmissível sob todos os aspectos.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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