Altar da Catedral de Santa Luzia, em Mossoró
Os templos religiosos estão liberados ou não para as atividades religiosas?
A pergunta insiste porque o Governo do Estado não se comunicou bem, não conseguiu explicar com clareza o trecho do decreto, publicado em 1º de abril, que libera o funcionamento das igrejas e templos religiosos mediante normas que foram regulamentadas somente neste sábado, 23 de maio.
Para piorar o que já estava mal explicado, a governadora Fátima Bezerra (PT), por meio de assessores, afirmou que as atividades continuam suspensas. Então, o governo regulamentou o quê na portaria deste sábado?
Bom, vamos ajudar o leitor a entender o caso.
De acordo com a portaria, as atividades estão autorizadas e devem ser individuais (sem celebrações), com frequência simultânea de até 20 pessoas, respeitando o distanciamento mínimo de 1,5 metro.
O texto recomenda ainda que deve haver organização de filas, dentro e fora, dos templos com a distância mínima prevista.
A manutenção da higienização regular dos ambientes e dos equipamentos de contato para evitar o contágio por Covid-19 também foi estabelecida como condição para a reabertura.
Veja outros pontos da portaria:
- Disponibilização alternada de assentos entre as fileiras de bancos, devendo estar bloqueados de forma física aqueles que não puderem ser ocupados;
- Disponibilização ininterrupta e suficiente de álcool gel 70% em locais fixos de fácil visualização e acesso, devendo os frequentadores higienizar as mãos na entrada e na saída do estabelecimento;
- Utilização de máscaras de proteção, industriais ou caseiras, pelos frequentadores e funcionários durante todo o tempo em que permanecerem no estabelecimento;
- Vedação de distribuição de qualquer material impresso aos frequentadores;
- Utilização de embalagens individuais para a partilha de objetos litúrgicos;
- Utilização, sempre que possível, de sistema natural de circulação de ar, abstendo-se da utilização de aparelhos de ar condicionado e ventiladores.
NOTA DO BLOG: Portanto, o Governo do Estado flexibilizou, sim, o funcionamento das atividades religiosas em igrejas e templos, com restrições. Qual é a diferença, por exemplo, formar fila na calçada de um loja com restrição do número de pessoas dentro do ambiente, como prevê a portaria que regulamenta as atividades dos templos religiosos?
Agora, a decisão do governo estadual não se aplica em Mossoró, porque tem o decreto municipal que mantém fechado vários segmentos como bares, restaurantes, shoppings, lojas de departamento e, também, templos religiosos.
Prevalece o decreto municipal com validade até o dia 4 de junho.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.