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Postado às 09h45 | 03 Ago 2020 | 'Muda Senado' luta para imprimir uma 'agenda limpa' em Brasília

Crédito da foto: Arquivo Styvenson Valentim foi o único senador do RN que assinou o pedido da CPI da Toga

O palanque é modesto, se comparado com os palanques tradicionais de Brasília, mas o movimento Muda Senado ganha corpo no sentimento dos brasileiros que querem seguir com o processo de ruptura da velha política, nos três Poderes.

O grupo é formado por senadores, em sua maioria, de primeiro mandato, e que foram eleitos em 2018 com o discurso de que o Brasil precisa ser passado a limpo. Esses senadores, em vários estados, derrotaram representantes da política tradicional.

Foi o caso do Rio Grande do Norte. O eleitor escolheu o “Capitão da Lei Seca”, Styverson Valecim (Podemos), em detrimento de Garibaldi Alves (PMDB) e Geraldo Melo (PSDB), ex-senadores. Até aqui, Styveson vem fazendo o valer o seu discurso de campanha.

O Muda Senado, por exemplo, é o único ambiente que luta para salvar a Lava Jato do processo de “fritura” conduzido por autoridades, digamos, lenientes com o erro.

Hoje, o grupo apresenta uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin pela revogação, imediata, da liminar concedida pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, que terminou o compartilhamento dos dados da operação em Curitiba com a Procuradoria Geral da União (PGR) ou a análise do caso no plenário.

Nos últimos dias, se intensificaram os ataques contra a Lava Jato, inclusive, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Outra ação do Muda Senado é a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CPI) para investigar juízes dos tribunais superiores. O grupo já apresentou o pedido de abertura da chamada “CPI da Toga”, mas até aqui a Casa tem se negado a seguir em frente.

Do RN, Styvenson assinou o documento da CPI da Toga, enquanto os senadores Jean Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (Pros) se negaram a apoiar o movimento.

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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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