Capa da primeira edição do JORNAL DE FATO, 28 de agosto de 2000
TEMOS VINTE ANOS
O JORNAL DE FATO chega aos 20 anos – hoje – de circulação ininterrupta. Duas décadas contando e registrando histórias, respeitando o manual do bom jornalismo, fiel a sua proposta de sempre. Não vamos reclamar da pandemia do novo coronavírus que impede celebração em grande estilo. Nada disso. Vamos, sim, valorizar o árduo trabalho de cobertura da maior tragédia de saúde pública em 100 anos, que o jornal faz diariamente, levando ao leitor todas as informações precisas e necessárias, como é papel do JORNALISMO DE VERDADE.
Esse é o ofício. Tem sido assim nesses 20 anos de existência. E assim vai continuar, seja pelo meio impresso ou por outras plataformas. O JORNAL DE FATO nasceu com essa missão em 28 de agosto de 2000. Era o sonho de uma geração de jornalistas, criados em outros veículos a partir de meados da década de 80. Todos jovens formados na prática, que ainda alcançaram o ambiente boêmio das redações, mas queriam um veículo de comunicação diferente dos que já existiam, com a proposta límpida de informar e formar opinião.
Pensamos o projeto do novo jornalismo junto com o jornalista Carlos Santos. Somos os fundadores. Para muitos, à época, era loucura. Como um novo veículo impresso sobreviveria entre o centenário “O Mossoroense”, com linha editorial política, e o campeão de tiragem “Gazeta de Oeste”, escancaradamente popular? Questionava-se.
O fato é que existia um vácuo entre os dois tradicionais impressos e foi aí que o JORNAL DE FATO ganhou vida. A pluralidade fez o jornal chegar às mãos dos leitores mais criteriosos e, por gravidade, ao grande público. Fizemos com que a manchete política e/ou policial cedesse espaço para as “chamadas” de economia, saúde, comportamento, educação, entre outras editorias até então desconhecidas pelos outros veículos.
O projeto foi consolidado pela qualidade de profissionais que passaram ou que continuam compondo a redação da Avenida Rio Branco – Corredor Cultural de Mossoró. E o uso da tecnologia também foi fator importante. O JORNAL DE FATO ousou em colocar policromia no papel jornal, algo estranho aos jornais locais daquela época. Também criou editorias e cadernos temáticos como “Sua Vida Mulher” e a revista DOMINGO, ambos em circulação.
O reconhecimento veio por gravidade. Leitores e anunciantes compraram a ideia. Logo, o JORNAL DE FATO assumiu a liderança em circulação diária em 82 cidades potiguares. Depois, vieram os prêmios importantes como o “Ayrton Senna de Jornalismo”, “Petrobras de Jornalismo”, “BNB de Jornalismo”, “FAPERN de Jornalismo”, “Fiern de Jornalismo” e muitos outros, além do Selo Amigo da Criança, conferido pela Unicef.
História rica, construída não apenas pelos seus idealizadores, mas por cada um dos mais de 300 funcionários que vestiram a camisa do JORNAL DE FATO. Jornalistas, colunistas, revisores, diagramadores, profissionais da administração e do marketing, impressores, dobradores, entregadores, motoristas, recepcionistas, auxiliares de serviços gerais e jornaleiros. Todos, sem exceção, colocaram as suas digitais na construção do JORNALISMO DE VERDADE.
O desafio não para aqui. Quem sabe, outros 20 anos virão... Por nós ou por outras mãos, outras cabeças, outros gestores. No impresso, no on-line, nas redes sociais e em quaisquer outras plataformas. O importante é que a raiz do bom jornalismo seja preservada sempre.
Obrigado, leitor; obrigado, anunciante; obrigado, meu DEUS!!!
FRASE
Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.
OSCAR WILDE - Dramaturgo, escritor e poeta irlandês
SUCATEADA
A Caern segue com o "rodízio" no abastecimento de água, castigando o consumidor que paga caro por um serviço de péssima qualidade. Em Mossoró, 12 bairros abastecidos pela adutora Jerônimo Rosado estão sem abastecimento. Em Tibau e na Gangorra, o serviço também está suspenso. E o problema não é água, que o RN tem em abundância. Trata-se de uma Caern sucateada mesmo.
MOSSOROENSE
Dom Hélder Câmara era cidadão mossoroense, título conferido pela Câmara Municipal no final da década de 70, por proposição do vereador Manoel Mário de Oliveira. A cidade também presta homenagem com nome de bairro. Dom Hélder foi um dos fundadores da CNBB e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar. Ontem, completou 21 anos de sua partida.
TÚNEL DO TEMPO
O Hospital da Polícia Militar, em Mossoró, completa 43 anos hoje. Foi inaugurado pelo governador Tarcísio de Vasconcelos Maia para prestar assistência aos policiais militares. Seu primeiro diretor foi o médico Agnaldo Pereira da Silva (falecido).
FECHADO
Fechado desde 2016, na gestão Robinson Faria, o Hospital da PM espera pela vontade política da governadora Fátima Bezerra (PT), que prometeu reabri-lo para atender pacientes da Covid-19, mas não cumpriu. Um grupo de empresários fez a reforma do prédio, deixando pronto para funcionar.
PSDB/PDT
O ex-deputado Carlos Eduardo emplacou a vice na chapa do prefeito Álvaro Dias (PSDB), candidato à reeleição em Natal. A indicada é Aíla Cortez, prima de Andréa Ramalho, esposa de Carlos Eduardo. A chapa PSDB/PDT é apontada como favorita na capital.
DESPEDIDA
O reitor da Ufersa, José Arimatea Matos se despede do cargo hoje, no qual passou os últimos oito anos. Arimatea planeja, com aposentadoria, morar na Espanha. A posse da reitora nomeada Ludimilla Oliveira está marcada para domingo, 30, em cerimônia virtual.
É NOTÍCIA
1 - Um estudo realizado em São Paulo revela que em cada 10 crianças infectadas pela Covid-19, sete são assintomáticas. Ou seja, testaram positivo, mas não sofreram qualquer sintoma da doença.
2 - Há 15 anos, entrava no ar a TV Mossoró, primeiro canal aberto de Mossoró, sob administração da Fundação Vingt Rosado. Hoje, transformada na "Nossa TV", a emissora perdeu a concessão aberta, passando a ser captada por canais fechados.
3 - Mossoró ultrapassou os 300 mil habitantes, segundo dados do IBGE, e agora tem oficialmente 300.618 moradores. Já o Rio Grande do Norte chegou a 3.534.165 de habitantes.
4 - Os nove colaboradores que atuam no serviço de capinagem do Campus Central da Uern estão há dois meses sem receber salário, sem incluir agosto que está se encerrando. Em tempos de pandemia, o sofrimento ganha ares de massacre.
5 - A Aduern lançou concurso para escolha da logo comemorativa dos seus 40 anos, que serão celebrados em 11 de setembro. A logo mais votada passará a ser utilizada durante o decorrer do ano. O vencedor receberá um prêmio de R$ 1 mil.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.