O embate do dia entre a atual e a ex-gestão municipal de Mossoró está concentrado na Educação. O grupo do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) denunciou que encontrou material escolas e fardamentos abandonados em uma escola, acusando a gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas) pelo “abandono”.
Coube a professora Magali Delfino, ex-secretária de Educação, fazer a defesa e acusar a nova de gestão de criar uma “armação” de forma “amadora”.
Leia na integra o que escreveu Magali Delfino direcionado a nova secretária de Educação, professora Hubeônia Alencar:
“Ser gestor de uma cidade da magnitude de Mossoró/RN, não é para amadores e articuladores do mal. Creio que Deus permitirá algumas situações, porém Ele é fiel, justo e verdadeiro e julgará e fará cessar toda a iniquidade.
Entristece qualquer ser, que tenha pelo menos um pouco de dignidade, quando se vê armações e montagens de situações para denegrir e manchar um trabalho de anos, onde é visível o desenvolvimento e crescimento da cidade em todas as áreas e setores. Isso é fruto de uma gestão que nunca precisou falsificar e criar fatos para tirar a atenção de uma gestão que se diz nova, de mudança e começa com fakes e manipulações.
Vamos aos fatos: a compra, armazenamento e entrega do fardamento tudo foi feito com muita responsabilidade e seguindo protocolos de entrega (documentos assinados pelos gestores). Não tem abandono de material e nem depósito clandestino. A Escola Professor Antônio Fagundes, prédio da Rede Municipal foi solicitada e utilizada por ser a mais próxima do Centro Administrativo para organizar uma melhor logística na distribuição das fardas. Portanto, a acusação é falsa.
Sra Secretária, prime pela verdade. Você não fez nenhuma visita surpresa. Você já foi sabendo o que ia fazer. Tudo premeditado. E não nos acuse de agir irresponsavelmente no apagar das luzes. Não menospreze o trabalho de uma equipe que planejou e trabalhou para deixar todo fardamento entregue e conseguiu fazê-lo chegar em12 UEIs, 21 escolas que atendem crianças de 1º ao 5º ano e 25 escolas que atendem crianças de 6º ao 9º anos. Foram entregues também mochilas, adquiridas por licitação e devido a pandemia (você sabe que vivemos uma pandemia?) o atraso na entrega foi inevitável.
Sua justificativa em todas as suas falas é que não sabe de nada, não recebeu nada, não tem nada. A senhora não foi recebida pela equipe da SME? Pois conte como foi!
Não querer ter conhecimento, deve ser uma escolha sua. Ou despreparo. Não use desculpas para TENTAR derrubar um trabalho, desqualificá-lo. A senhora sabe que recuperamos o selo Unicef e que a Educação foi fundamental para esse resgate? Que avançamos, e muito no Ideb? Que das 16 escolas do RN ficamos com a metade neste indicador? Fomos uma gestão de resultados. Procure se inteirar da pasta que ocupa para depois tirar suas conclusões.
Mostre competência e trabalho. É isso que a comunidade escolar e a população esperam.
Magali Delfino - Professora e ex-secretária de Educação de Mossoró.”
NOTA DO BLOG: O clima está elevadíssimo entre o grupo do prefeito Allyson Bezerra e o grupo da ex-prefeita Rosalba Ciarlini. E isso não é bom para Mossoró. É preciso entender, lado a lado, que a campanha eleitoral se encerrou, que o eleitor mossoroense, por maioria, fez a sua escolha, que o vencedor foi diplomado e empossado, e que agora tem obrigação administrar a cidade. Desçam do palanque, por favor. O cidadão agradecerá penhoradamente.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.