Quinta-Feira, 21 de novembro de 2024

Postado às 14h30 | 31 Jan 2021 | Vilipêndio ou Democracia

Crédito da foto: Marcos Garcia/JORNAL DE FATO Professora doutora Ludimilla Oliveira é reitoria da Ufersa

(*) Ludimilla Oliveira

É tempo que se pode tudo em todos, é tempo de asfixiar mesmo com oxigênio, de constranger e de determinar nenhum segundo de paz! Delimitar usos e espaços, usar palavras de ordem e isso não é autoritarismo, e sim democracia. Porque quem não congrega da egrégora criacionista, dissimulada, então a ela não pertence. É a democracia clamando em alta voz: fora!

Ah, mas somos iguais perante a lei, constitucionalmente até que procede, todavia naturalmente não. As diferenças dependem do campo magnético da igualdade, isto é, se você é uma mulher e não faz parte da consonância estereotipada, terá um apoio.

Se você é somente uma mulher, mãe de família, que tem personalidade sem ser segregacionista, você não é uma mulher. Você é uma pessoa que pode ser execrada, porque a luta é para os que lutam democraticamente.

O cenário de holocausto silencioso vai ficando ainda mais intenso, quando os arquétipos criados seguem suas métricas sem rimas, porém cabem na musicalidade da consternação e do sofrimento enigmático, porque não importa se é humano, o que importa é a democracia.

As palavras mortíferas encenadas com gestos deprimentes nos palcos das contradições recebem aplausos, ganham adeptos, tem legitimidade e é a democracia da liberdade consagrada aos rituais opressores para o que defendem os oprimidos. É a democracia inteligível do modo de pensar, agir e lutar e assim, camufladamente, vilipendiar.

Ah, esse protagonismo é mesmo assustador, porque exalta com sororidade, defende os opressores, combate a igualdade e tem endereço certo. Eu ainda vejo dias melhores, sons e gritos de alegria, pois “eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos e ser otimista.” Cora Coralina nos inspira nesse trecho e nos faz dizer ainda mais: eu acredito na libertação da democracia.

(*) Reitora da Universidade Federal do Semiárido (UFERSA), de Mossoró/RN

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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