Yuri Pinto prestou serviço por 33 anos à cidade de Mossoró
O juiz Pedro Cordeiro, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Mossoró, manteve a aposentadoria por invalidez, do engenheiro Yuri Tasso Duarte Pinto, em decisão liminar, nesta terça-feira (9). Foi dado o prazo de cinco dias para que a Previ-Mossoró acate a decisão liminar.
Para requerer aposentadoria, em dezembro de 2020, Yuri apresentou laudos comprobatórios de doença incapacitante denominada Espondilite Anquilosante, que é portador há dois anos.
Porém, com a mudança de gestão na Previ, houve a retirada do direito do engenheiro continuar aposentado. A decisão datada de 18 de janeiro de 2021, foi assinada pelo presidente do órgão, advogado Paulo Linhares.
A Previ determinou que o mesmo voltasse ao trabalho imediatamente, sem considerar a aprovação da Junta Médica para aposentadoria, nem direito de defesa ao engenheiro.
Foi entendido pelo juiz Pedro Cordeiro que não foi oferecida oportunidade do contraditório e de defesa, nem foi obedecido o processo legal, por esse motivo, o magistrado da 1ª Vara da Fazenda Pública entendeu como ilegal e inconstitucional o cancelamento da aposentadoria.
Em texto distribuído na tarde desta terça-feira, familiares de Yuri Pinto chamam a atenção para o caso. Leia:
“Em um momento que o mundo discute a ética política, mais do que nunca, o engenheiro foi vítima de práticas políticas que causam suspeição. Não é admissível que gestores, em pleno ano de 2021, espelhem-se em posturas medievais como palavra de ordem. Seja para criar notícias na imprensa, ou seja para denegrir sem provas, a imagem do engenheiro que prestou serviço por 33 anos à cidade de Mossoró.”
Yuri Pinto esteve à frente de obras que servem e vão continuar servindo aos mossoroenses. Como o Teatro Dix-Huit Rosado, Unidades de Pronto Atendimento, Ginásio Pedro Ciarlini, urbanização da avenida Rio Branco, postos de saúde, praças, escolas, ele esteve à frente da coordenação de pavimentação e recapeamento asfáltico e de investimentos em iluminação de LED.
De acordo com a engenheira Kátia Cardoso Pinto, esposa de Yuri, causou indignação essa decisão da Previ, após Yuri dedicar boa parte de sua vida à Mossoró. “Yuri teve trabalhos inovadores, que marcaram sua reputação em nível estadual. No final de sua carreira, ao se encontrar doente há dois anos, causou indignação tamanha injustiça. Agora a justiça foi feita”, acrescenta a engenheira.
Kátia aproveita para lembrar que na política contemporânea, muito se fala sobre posturas políticas não éticas, decisões unilaterais e hostilidades. “Ao longo dos meus muitos anos de carreira na gestão pública, aprendi que podemos ter adversários políticos, faz parte da democracia estarmos em lados opostos. Mas, jamais, tratei adversários como inimigos pessoais”, reforça.
Por fim, revela:
“Em função do atentado que Yuri sofreu em sua dignidade e sua honra, teve sua doença agravada. O mesmo teve que voltar a médica, diversas vezes, após o cancelamento arbitrário de sua aposentadoria. Para quem não sabe a Espondilite provoca dores terríveis e incapacitantes. O estresse agrava o quadro. Yuri e sua família sofreram muitos ataques de pessoas que não tinham conhecimento do que estava ocorrendo e faziam acusações sem nenhuma comprovação nas redes sociais. O engenheiro e sua família, desejam nesse momento, que essa turbulência passe e a Justiça prevaleça.”
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.