Chamou a atenção no primeiro fim de semana de confinamento social mais radical, a chamada de urgência para um pronunciamento do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (Solidariedade).
Se era de urgência, logo imaginava-se que o prefeito faria anúncio importante. Gerou expectativa nas redes sociais, por onde Allyson faria e fez o seu discurso.
E foi um discurso mesmo.
Decepcionante, diga-se.
O prefeito de Mossoró não falou coisa com nada, além do que os mossoroenses já sabiam tipo a pandemia da Covid-19 é grave, vamos nos cuidar, vamos ficar em casa e blá-blá-blá.
Poderia, o prefeito, ter pelo menos garantido que o município passará a vacinar a população nos fins de semana, coisa que ainda não o fez. Allyson disse apenas que “se tiver vacinas disponíveis”, a equipe da Saúde Pública passará a vacinar aos sábados e domingos.
E ele só triscou nesse assunto porque a oposição e parte da imprensa estavam cobrando. A pressão funcionou, embora a contragosto do prefeito.
Allyson ainda tentou amenizar o desgaste da falha grave de o município não vacinar nos fins de semana, afirmando que as doses de imunizantes não ficam estocadas. Menos a verdade. As doses ficam estocadas, sim. Por (mau) exemplo: as doses que chegaram na quinta-feira, 18, mais de 4 mil, só serão aplicadasa partir desta segunda-feira, 22, ou seja, o lote ficou guardado durante três dias.
De resto, sobrou o espetáculo do prefeito Allyson na live de sábado à noite. Ele gosta do ambiente, é um craque nos discursos virtuais.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.