QUEM TEM CORAGEM DE APOSTAR?
O comentário é do jornalista Gaudêncio Torquato, em sua prestigiada coluna “Porandubas Políticas”:
A campanha está nas ruas. Mas nem Bolsonaro nem qualquer analista, por mais arguto que seja, podem dizer quem ganhará o pleito. Veremos muita água a correr por baixo da ponte até outubro do próximo ano.
Bolsonaro quer o voto impresso, quando se sabe que esta modalidade favorece fraudes. E sinaliza com uma convulsão social se a comprovação impressa do voto não for aprovada. A Câmara votará nos próximos dias o processo. Pelo que se infere das extravagâncias do mandatário-mor, ele tenta desenhar um cenário de fraudes para tentar reverter o impacto de eventual derrota.
P.S. Lembre-se que ele esbravejou contra "fraude" na eleição de 2018, garantindo que ganhou no primeiro turno. A propósito, o corregedor do TSE, ministro Luiz Felipe Salomão, acaba de estipular o prazo de 15 dias para que Bolsonaro apresente provas da fraude.
Gaudêncio tem descrito, com certa frequência, que a vitória do atual comandante do país dependerá da economia saudável + bolsas e auxílios emergenciais + vacinação em massa da população + garantia de equilíbrio, credibilidade e segurança. Imagem de que poderá virar a mesa causará medo. A economia saudável, por exemplo, é uma variável com raízes na conjuntura internacional.
A quantas andará a inflação?
E o nosso PIB?
O país receberá afluxo de investimentos?
Ele também faz observação sobre os “candidatos de Bolsonaro”, que deve ser levado em conta por aqueles que confiam em eleição “puxada” pelo presidente verde oliva:
Há um grupo, a cada dia ganhando mais corpo, que tentará se abrigar na sombra de Bolsonaro para enfrentar a tempestade eleitoral. E o próprio presidente acredita que sua sombra é como tiro e queda: quem ficar sob sua proteção, chegará ao paraíso. Pura ilusão.
O eleitorado de um pleito costuma não repetir o modelo anterior. Se o presidente imagina que tudo será como 2018, quando uma leva de figurantes chegou ao pódio graças a ele, engana-se. Mesmo que consiga vencer - o quadro será bem mais difícil pela vacina ética que oxigena os eleitores - não se repetirá a situação.
Tarefa das mais difíceis será eleger um candidato tirado do bolso do colete.
Verdade, professor.
FRASE
“O governo está completando 2 anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção”
JAIR BOLSONARO – Presidente, em Jucurutu/RN
NETO VALE
Não haverá disputa pela presidência da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do RN (ADUERN). O professor, sindicalista e ex-candidato a vereador Neto Vale (PCdoB) encabeça chapa única, tendo como candidato a vice-presidente o professor Francisco Ramos Neves. O período de inscrição de chapa foi encerrado ontem. As eleições acontecerão no dia 2 de agosto.
MAIS VACINA
Com 113 mil doses de vacinas contra a Covid-19 que desembarcam nesta sexta-feira, 25, o Rio Grande do Norte bate a marca de 2 milhões recebidas do Ministério da Saúde. Até o fechamento desta edição, 1.469.748 doses haviam sido aplicadas, sendo 1.066.322 de pessoas vacinadas com a D1 e 403.426 totalmente vacinadas. O público-alvo da 1ª fase da vacinação é de 1.083.590.
ÁCIDO
O presidente Jair Bolsonaro não escondeu a sua revolta com denúncias de superfaturamento do preço de vacinas. Em Jucurutu, ele atacou a oposição e jornalistas da "grande imprensa". E afirmou que em dois anos e meio de governo, não há uma acusação sequer de corrupção. Bolsonaro estava ácido.
VOTO IMPRESSO
Bolsonaro também fez um discurso forte em defesa do voto impresso e pediu o apoio dos deputados potiguares para aprovar a proposta na Câmara. Estavam presentes os deputados federais Beto Rosado, Benes Leocádio, João Maia, General Girão e Carla Dickson.
RECURSOS HÍDRICOS
A visita do presidente ao Rio Grande do Norte rendeu quase R$ 1 bilhão em obras hídricas. São R$ 38 milhões para a barragem de Oiticica, em Jucurutu, R$ 938 milhões para o ramal Apodi/Mossoró do projeto de transposição do rio São Francisco.
LIVRO
O deputado Beto Rosado entregou ao presidente Bolsonaro um exemplar do livro que ele lançou em 2015, quando iniciou a luta para trazer água do rio São Francisco para o RN. “Passa um filme na minha cabeça nesse momento, de todo o trabalho que desenvolvemos até aqui para que esse sonho se tornasse realidade.”
É NOTÍCIA
1 - Nesta data, em 1992, o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitava, pela primeira vez em 56 anos, as contas do Governo Federal. O governo Fernando Collor de Mello já estava sangrando.
2 - O litro da gasolina nos postos de Natal chegou a R$ 6,29, um aumento de 20 centavos em relação ao preço cobrado até a semana passada. O aumento acontece no momento que a cotação do dólar cai, e dias depois do MPRN arquivar denúncia de "cartel".
3 - O deputado Luís Miranda afirma que vai derrubar a República com provas contra o presidente Bolsonaro. Ele será ouvido hoje pela CPI da Pandemia. É aguardar o que o democrata tem em mãos.
4 - O padre Deivid Franklin recebeu alta da UTI Covid do Hospital Wilson Rosado, nesta quinta-feira, 24. O vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Almino Afonso, ficará em observação por alguns dias em quarto hospitalar. Saúde, padre Deivid.
5 - O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender convocação de governadores à CPI da Pandemia no Senado. Prevaleceu o entendimento da ministra Rosa Weber que os governadores não podem ser convocados, apenas convidados a depor.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.