A semana será de alta temperatura da política do Rio Grande do Norte, com início dos trabalhos da CPI da Covid na Assembleia Legislativa. A primeira reunião está marcada para esta terça-feira (3).
A comissão vai investigar contratos e gastos do governo na pandemia, mas, independentemente do que achar, a oposição tentará potencializar o discurso de "falhas graves" do governo Fátima Bezerra (PT) na aplicação dos recursos da saúde.
Guardadas as devidas proporções, não será diferente do que acontece com a CPI da Pandemia em Brasília, usado pela oposição para "sangrar" o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O oposicionista Kelps Lima (Solidariedade) será o presidente da comissão, enquanto o governista Francisco do PT está cotado para o cargo de relator.
A governadora Fátima dá o mote de defesa: a oposição está inconsolável. E cobra uma CPI "sem espetacularização e sensacionalismo”.
O fato é que a CPI sempre foi um instrumento político-eleitoral. A oposição forma palanque para tentar derrubar o governo de momento. Conseguir, ou não, é consequência da capacidade dos atores em cena.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.