A sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira, 16, que aprovou o projeto de autonomia financeira da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), escreve um capítulo importante na história da educação potiguar. Deputados e deputadas entenderam o tamanho do projeto que estavam votando, o significado dele para o futuro da instituição de ensino superior, e colocaram as suas assinaturas nas páginas da Uern.
Quando a governadora Fátima Bezerra (PT) sancionar a lei da autonomia financeira, o que deverá ocorrer logo, consolidará a sua determinação de garantir a autonomia plena da Universidade. A primeira grande ação foi construir o projeto e encaminhá-lo à Assembleia Legislativa, e a segunda e definitiva será assinatura histórica da autonomia.
Conversando recentemente com a reitora Cicília Maia, no “Cafezinho com César Santos”, ela disse, cheia de expectativas, que 2021 seria o ano da Uern. Lembrou que a história da instituição, até aqui, foi construída por quatro grandes momentos: em 1968, a sua criação oficial; em 1987, a estadualização; em 1993, o reconhecimento; e em 2018, o recredenciamento. A autonomia, que agora se apresenta, seria, como de fato será, o quinto grande momento, fazendo de 2021 um marco para a história da Uern.
A história da Uern sempre foi construída por mãos de homens e mulheres laboriosos, dedicados, comprometidos com a educação e com o futuro do RN. Desde o primeiro momento, há mais de cinco décadas, que desafiaram os contrários, não se diminuíram diante de uma elite perversa, que achava que Universidade era coisa para filhos de ricos, e mostraram que a força de Mossoró atravessaria a reta tabajara para se firmar em todo o Rio Grande do Norte.
Vale um capítulo especial para a governadora Fátima Bezerra. A sua assinatura no documento da autonomia financeira representa não a governante, mas o DNA da professora que desde sempre entendeu que o futuro só pode ser trilhado pelos caminhos da educação. Nenhum outro chefe do Estado teve a determinação – e coragem de desafiar as elites e estabelecer em definitivo a autonomia da Universidade dos mossoroenses e norte-rio-grandenses.
A Uern é grande porque se fez grande. Dos seus bancos já saíram mais de 50 mil jovens para o mercado de trabalho e atualmente 12 mil estudantes estão ganhando conhecimento frequentado os seis campi, nove unidades em cidades do interior, distribuídos em 59 cursos de graduação, 22 mestrados e quatro doutorados. Seus 915 professores (efetivos e provisórios) e os 664 técnicos administrativos (efetivos e provisórios) completam o quadro virtuoso e vitorioso do ensino superior gratuito e de qualidade.
Obrigado, deputados;
Obrigado, governadora Fátima Bezerra.
Viva a Uern!
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.