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Postado às 11h00 | 31 Mar 2022 | Fátima e Ezequiel disputam formação de maior bancada na AL

Crédito da foto: Reprodução Fátima Bezerra e Ezequiel Ferreira observados por Antenor Roberto

A governadora Fátima Bezerra (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), travam luta à parte na reta final da “janela partidária” para atrair o maior número possível de candidatos a deputados estaduais por suas bases políticas. Prováveis adversários na disputa pelo Governo do RN, Fátima e Ezequiel sabem da importância de chapas proporcionais fortes para os seus palanques.

Fátima Bezerra articulou a transferência de deputados para o PV, partido que se somará ao PT e PCdoB na federação partidária. Com isso, o PV que não tinha nenhum representante na Assembleia Legislativa, passará a contar com quatro parlamentares: Eudiane Macedo (ex-Republicanos), Hermano Morais (ex-PSB), George Soares (ex-PL) e Vivaldo Costa (ex-PSD). O quarteto se somará aos dois deputados do PT: Isolda Dantas e Francisco e ainda pode ganhar mais um ou dois parlamentares até o fechamento da janela, no sábado, 1º de abril.

A articulação de bastidores, que exigiu empenho direto da governadora, tinha outros alvos da cota do presidente da Assembleia Legislativa. O governo abriu negociação com os deputados Dr. Bernardo Amorim (ex-MDB) e Ubaldo Fernandes (ex-PL), mas eles optaram pela filiação ao PSDB. Bernardo assinou a ficha nesta quarta-feira, 30, e Ubaldo é aguardado no evento tucano desta quinta-feira, 31.

A transferência dos quatro deputados para o PV, conduzido pela governadora, reduziu o “chapão” que Ezequiel planeja construir. Ele esperava aumentar a bancada do PSDB, que elegeu cinco deputados estaduais em 2018, para 15 parlamentares, quase dois terços da Assembleia Legislativa. Mas, na melhor das hipóteses, baterá a “janela partidária” com 10 deputados: Gustavo Carvalho, Raimundo Fernandes, Tomba Farias, José Dias, Dr. Bernardo (ex-MDB), Ubaldo Fernandes (ex-PL), Kleber Rodrigues (ex-PL), Getúlio Rêgo (ex-DEM), Nelter Queiroz (ainda no MDB).

 

Silêncio

A disputa proporcional entre Fátima e Ezequiel é um sinalizador que o enfrentamento ocorrerá também na majoritária, mas não é uma certeza. Até agora, o líder tucano ainda não disse que será candidato a governador. Ele mantém o silêncio desde que o seu nome surgiu com mais força nos bastidores e no noticiário político.

Um encontro entre Fátima e Ezequiel é esperado para os próximos dias. Será uma conversa definitiva, de onde os dois sairão como aliados ou adversários nas eleições 2022.

 

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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