Mais de 7 mil alunos da rede municipal de Mossoró estão sem aula em razão da greve dos professores. Os números foram apresentados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipal (SINDISERPUM). A entidade espera novas adesões nesta terça-feira, 28.
A greve acontece porque a gestão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) nega a implantação do novo piso salarial do magistério, com reajuste de 14,95%. O piso é assegurado por lei.
O comando de greve vem ocupando as principais ruas e avenidas de Mossoró para informar à sociedade os motivos pelos quais os professores estão em greve.
Com gritos de guerra de “respeite o meu direito” e exibindo faixas informando que os professores estão sendo desvalorizados, a categoria se mobiliza nas ruas, com distribuição de panfletos e contato direto com a população. De acordo com o próprio sindicato, foi dado o recado à sociedade de que a luta dos professores municipais é válida e justa.
“A greve está surpreendendo, muitas adesões. Então, apesar de termos mais de 7 mil alunos sem aula, temos um sentimento de que a nossa luta é válida e justa. Hoje vimos que a sociedade apoia o movimento, tem empatia e agora é aguardar o que virá desta reunião do dia 1° de março”, informou a assessoria do Sindiserpum.
O comando de greve será recebido em audiência pela secretária de Educação, professora Hubeônia Alencar. A expectativa é de que a representante do prefeito apresente uma proposta para implantação do piso. A reunião está marcada para esta quarta-feira, 1º, na sede da Secretaria de Educação.
A diretoria do Sindiserpum revela que a categoria não aceitará pagamentos parcelados, conforme ocorreu com o reajuste de 2022, no qual vem sendo pago em sete parcelas no decorrer de 17 meses (a última parcela será paga em novembro deste ano).
O sindicato reforça que o movimento grevista é legítimo e ocorre para que direitos sejam garantidos para a categoria. “Tudo o que nós, servidores públicos, conseguimos até agora foi depois de muita luta. Estamos lutando mais uma vez para que os nossos direitos sejam respeitados e garantidos pela gestão municipal”, informou a presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.