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Postado às 17h45 | 07 Mar 2023 | ICMS União sinaliza R$ 26 bilhões para atenuar perda de R$ 45 bilhões dos estados

Crédito da foto: Raiane Miranda/Assecom-RN Governadora Fátima participou da reunião ao lado dos secretários Daniel Cabral, Virginia Ferreira e Carlo Eduardo Xavier

O Governo do RN e dos outros 26 estados da federação estimam uma perda de R$ 45 bilhões, entre agosto e dezembro de 2022, em função da redução das alíquotas do ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica. O prejuízo aos cofres dos estados foi provocado pelas leis complementares 192 e 194, assassinada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os governadores se reuniram nesta segunda-feira, 6, para trata da compensação das perdas bilionárias de arrecadação do ICMS. Trata-se de uma necessidade urgente para recuperar as finanças públicas e as políticas sociais.

“A reunião foi muito boa, a gente avançou no debate com os demais Estados sobre a proposta da União. Exalto aqui a unidade dos governadores, estamos realmente juntos, lutando por essa recomposição para chegar a um acordo com o Supremo e com o Governo Federal”, afirma Fátima Bezerra.

No Rio Grande do Norte, conforme dados da Secretaria de Tributação, houve uma queda na arrecadação do ICMS de R$ 378 milhões, em valores nominais, ainda sem a correção da inflação do período.

“Claro que essa possível proposta que a gente deve encaminhar para o acordo não é no patamar que a gente pleiteou no início. Os Estados pleiteavam R$ 45 bilhões, e a União está sinalizando com algo em torno de R$ 26 bilhões”, esclarece Carlos Eduardo Xavier, secretário de Tributação do Rio Grande do Norte.

Os gestores se referem à proposta feita pelo Governo Federal aos governos estaduais no início de fevereiro deste ano de 2023 para compensar as perdas bilionárias. Os Estados ficaram de se reunir para debater sobre o tema e chegar numa possível solução comum.

Ainda segundo Carlos Eduardo, aqui no Rio Grande do Norte, caso os Estados fechem o acordo nessa cifra de R$ 26 bilhões, “vai ser algo em torno de 60% do que a gente efetivamente perdeu no ano passado, mas a gente deve estar caminhando para a assinatura desse acordo que vai recompor um percentual razoável às perdas que a gente teve em 2022. É um quadro ainda muito difícil que os Estados estão passando, essa foi a tônica do debate, da necessidade da realização desse acordo o quanto antes”, pontua.

Além de tratar das perdas relativas ao ano passado, a reunião também tratou de possibilidades de recomposição das receitas no ano de 2023.

A estimativa é que nesta quarta-feira, 8, os secretários estaduais da Fazenda também devam se reunir para tratar do assunto.

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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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