EDUCAÇÃO ACABA NO TAPETÃO
É mais fácil dialogar ou brigar na Justiça?
O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) fez a segunda opção.
Ele procurou acabar com a greve dos professores no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Obteve vitória, pela caneta do desembargador Vivaldo Pinheiro, que determinou a suspensão do movimento e o imediato retorno dos educadores à sala de aula.
Não se contentou com a “vitória”. Mandou o seu time midiático espalhar que o magistrado considerou a greve “ilegal” e “abusiva”, quando, na verdade, o mérito sobre a implantação da lei do piso salarial não foi julgado.
Vivaldo Pinheiro decidiu que os alunos não podem continuar penalizados após o longo período sem aulas durante a pandemia da Covid-19, por isso, entendeu que os educadores devem voltar ao trabalho de imediato.
A verdade, que está escrita e registrada, não interessa ao prefeito. O negócio é continuar tentando influenciar a opinião pública contra os professores. A insistência é como se fosse uma sentença aos educadores. Ou seja, para Allyson não basta “apenas” negar o cumprimento da lei do piso salarial, é preciso massacrar os professores.
Outro absurdo consta na própria peça jurídica oferecida pela gestão municipal, quando diz que em 2022 pagou 20% de reajuste salarial aos professores e agora em 2023 está aplicando mais 13%. Na verdade, o reajuste do piso salarial em 2022 foi de 33,24% porque acumulou os percentuais de 2021, ano que não houve reajuste devido à pandemia da Covid-19.
Os 13% que estão sendo cumpridos agora em 2023 são referentes ao reajuste do ano passado, que a gestão Allyson Bezerra está pagando em parcelas que serão concluídas em novembro próximo.
É incrível, e ao mesmo desprezível, como o gestor municipal é adepto à falsa verdade. Parece acreditar que uma mentira repetida à exaustão vira verdade, principalmente quando tem um batalhão de remunerados ajudando a propagar a sua versão.
Pois bem.
A greve dos professores ainda não terminou. A categoria se reunirá na segunda-feira, 17, para deliberar sobre a decisão do desembargador Vivaldo Pinheiro. Uma das alternativas, já que o prefeito decidiu judicializar o movimento, é cobrar o cumprimento da lei do piso salarial do Magistério também na Justiça.
De resto, é esperar que o cidadão mossoroense, no tempo certo, no momento oportuno, faça o seu julgamento da “cidade educação” de Allyson. Com um “sim” ou “não”.
FRASE
“Ele fez a pior escolha possível”
ELIETE VIEIRA – Presidente do Sindiserpum sobre a decisão do prefeito Allyson Bezerra de judicializar a greve dos professores
GRANDE
O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (Solidariedade), saiu maior do que quando entrou na audiência pública que debateu o Santuário de Santa Luzia. Ele conseguiu reunir a classe política local e estadual, além de autoridades dos mais expressivos segmentos da sociedade. Lawrence reforçou a convicção que é possível reunir forças para enfrentar novos desafios.
GRANDE II
Atenderam à convocação de Lawrence Amorim deputados estaduais e federais, representantes de senadores, Governo do Estado, Prefeitura, Igreja Católica, lideranças empresariais e comunitárias. De concreto, a classe política, com mandato, garantiu recursos para bancar e elaboração do projeto do santuário. A bancada federal vai enviar R$ 200 mil via "emenda pix" no primeiro momento.
PEQUENO
O prefeito Allyson Bezerra (SDD) não atendeu à convocação de Lawrence Amorim. A ausência do chefe do Executivo num evento de tamanha importância expôs não apenas a deselegância com os convidados, mas, principalmente, a falta de compromisso com a cidade. No mais, Allyson não aparece onde ele não é a atração.
REPRESENTANTES
Para não passar em branco, dois secretários do município foram ao debate sobre o Santuário de Santa Luzia: Frank Felisardo (Desenvolvimento e Turismo) e Hubeônia Alencar (Educação). Lawrence Amorim, o anfitrião, agradeceu a presença dos auxiliares do prefeito.
MINERAL
No segundo dia de agenda em Pequim, na China, a governadora Fátima Bezerra (PT) assinou protocolo de intenção com a Associação Sino Brasileira de Mineração. O documento visa atração de investimentos e fortalecimento da cadeia produtiva da cadeia mineral do Rio Grande do Norte.
CAFEZINHO
O deputado estadual Luiz Eduardo (PSDB) é o convidado do "Cafezinho com César Santos" deste domingo, 16. Ele fala sobre o atual momento da política e faz declaração importante sobre o chefe do Executivo mossoroense. A entrevista é bem reveladora. Confira.
É NOTÍCIA
1 - O Governo do Estado começa a pagar hoje a folha salarial de abril, respeitando o calendário pré-estabelecido. Serão investidos R$ 287 milhões na conta dos servidores ao longo deste sábado.
2 - Nesta data, em 1996, o governador Garibaldi Filho (MDB) inaugurava em Mossoró as novas instalações da Faculdade de Enfermagem da Uern. Estava acompanhado da reitora Maria das Neves Gurgel e de autoridades políticas de Mossoró e do RN.
3 - Mossoró recebe o TBT do Wesley Safadão, que promete ser a primeira grande festa do ano. Tem ainda Raí Saia Rodada e a cantora Taty Girl. No Porcino Park Center, a partir das 22h.
4 - No primeiro trimestre do ano, a Neoenergia Cosern registrou 76.271 quedas de raios no Rio Grande do Norte, em razão das fortes chuvas. Um aumento de 41% em relação ao mesmo do ano passado, quando foram registrados 54.169 raios.
5 - Convenção do Comércio e Serviços do Rio Grande do Norte, que Mossoró sediará entre os dias 22 e 24 de junho, período do Cidade Junina. O importante evento deverá reunir mais de mil empresários representando todos os segmentos produtivos.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.