É MUITO MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA
Nesta segunda-feira, completa 26 anos que o Mossoró Cidade Junina era apresentado ao grande público. No Teatro Lauro Monte Filho, início da noite de 22 de maio de 1997, a então prefeita Rosalba Ciarlini e o secretário de Cultura professor Antônio Gonzaga Chimbinho faziam o lançamento do projeto que se transformaria em um dos maiores eventos do gênero do país e o carro-chefe da cultura e da indústria do turismo de Mossoró.
Na primeira fase do MCJ, a ideia era reunir em só local todos os arraiás de bairros, como forma de fortalecer as manifestações a partir de um ambiente bem estruturado, que ocupou o antigo “Largo do Povo”, onde hoje está bem instalado o Ginásio Pedro Ciarlini, e em seguida a Estação das Artes Elizeu Ventania.
O passo seguinte foi transformar o Cidade Junina em evento de grande expressão, com etapas bem planejadas. E assim aconteceu. O MCJ foi ganhando novos formatos, inserindo subprojetos importantes como o Festival de Quadrilhas Juninas e o Chuva de Bala no País de Mossoró, espetáculo a céu aberto – no adro da Capela de São Vicente – que narra a saga da resistência do povo mossoroense ao bando do cangaceiro Lampião.
Já havia, naquele momento, o entendimento que o Mossoró Cidade Junina não se resumiria aos grandes shows na Estação das Artes. As expressões culturais locais e regionais eram, e são, bem maiores do que o aspecto de festa. Aí, dois personagens merecem destaque: Isaura Amélia e Gustavo Rosado. Foram eles que projetaram e fizeram implantar a ideia de que o MCJ é mais do que você imagina.
Daí, mais de duas dezenas de subprojetos foram implantados como Festival de Sanfoneiros, Festival de Humor, Festival de Bonecos, Cidadela Junina, Seminário do Cangaço, Festival de Comidas Típicas, Fórmula Jegue, Tapera Junina, Burro-Táxi, Brinquedos e Brincadeiras (espaço para crianças) e, mais recentemente, os comboios juninos Pingo da Mei Dia e Boca da Noite.
Nos últimos anos, porém, essa ideia de evento mais cultural, mais raiz, tem sofrido por falta de atenção e as últimas gestões municipais decidiram focar na “grande festa” para colocar multidões no Corredor Cultural. A fórmula não é totalmente errada, na medida em que os grandes shows e os comboios juninos movimentam a cadeia econômica da cidade. No entanto, não é razoável aceitar que as expressões culturais desçam ao degrau de menor importância. É possível fazer as duas coisas.
A Prefeitura de Mossoró precisa resgatar ideias como o Seminário do Cangaço, para colocar em debate a importância desse movimento no passado e como impacta, culturalmente, a vida das pessoas no presente. É preciso devolver os espaços para expressões e costumes populares.
Pois bem.
O MCJ chega a sua 26ª edição consolidado como um dos três maiores eventos do gênero no País, ao lado do São João de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco. Este ano, o MCJ promete ter público recorde e as perspectivas são imensas para fazer girar a roda da economia local e regional.
Não vamos deixar cair a máxima de que o Mossoró Cidade Junina é muito mais do que você imagina.
Viva o MCJ!!!
FRASE
“Este será um dos maiores eventos juninos do país”
ROSALBA CIARLINI – Ex-prefeita ao lançar o Mossoró Cidade Junina no dia 22 de maio de 1997
MUITO GRAVE
O vereador Omar Nogueira (Patriotas) gravou vídeo para denunciar o caos no Abatedouro Frigorífico Industrial de Mossoró (AFIM). A área que abate animal para consumo humano está tomada por urubus, moscas, sujeira, mau cheiro e outras mazelas. Preocupante, e ao mesmo tempo revoltante, saber que dali sai a carne para o consumo da população mossoroense.
MUITO GRAVE II
A vigilância sanitária precisa interditar o Afim urgentemente. É inadmissível que o local continue sendo usado para o abate e comercialização de carnes. O Ministério Público tem a obrigação de sentir-se provocado e investigar o que está acontecendo no Afim. Os relatos que saem de lá são os mais absurdos possíveis e o desmantelo não se restringe à falta de higiene e de estrutura.
AGRAVO
O PSC entrou com agravo regimental e pedido de efeito suspensivo da decisão que cassou os mandatos dos vereadores Lamarque Oliveira e Naldo Feitosa no TSE. O relator do caso é o ministro André Ramos Tavares. O recurso pede que o pleno da Corte reforme a decisão do agora ex-ministro Carlos Horbach. O caso deverá ser julgado extra pauta.
SUSPIRO
Se o ministro relator não acolher o pedido de efeito suspensivo, Lamarque e Naldo Feitosa vão aguardar o julgamento fora do cargo de vereador. Lembrando que o TSE já publicou o acórdão da decisão de Horbach no diário eletrônico da Justiça Eleitoral.
LÁ E...
A semana começa nervosa no Centro Administrativo - sede do governo estadual. É que várias categorias de servidores orientadas pelo Sinsp/RN ameaçam paralisar as atividades se o governo não apresentar proposta de reajuste salarial. A possibilidade de atender as categorias, nesse momento, é pouco provável.
...CÁ
Em Mossoró, os servidores públicos municipais reivindicaram reposição salarial de 35%. A proposta foi protocolada em fevereiro e até agora sem resposta. As categorias não têm recomposição salarial há sete anos.
É NOTÍCIA
1 - Nesta data, em 1969, partia o ex-prefeito Joaquim da Silveira Borges, cearense de Sobral que fez carreira e formou família em Mossoró. Seu nome é lembrado em escola municipal.
2 - Há 23 anos, era inaugurado o Largo José Mendonça na área do Estádio Nogueirão, em homenagem ao craque Dequinha, mossoroense que jogou pelo Flamengo e Seleção Brasileira. Obra da terceira gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini.
3 - A Caern inicia nesta segunda-feira, 22, mais uma campanha de negociação de débito, com possibilidade de parcelamento do saldo devedor em até 60 meses, com entrada de 5% do valor da dívida. A campanha vai até o dia 21 de junho.
4 - Os camarotes mais concorridos no Pingo da Mei Dia: Thermas, Buscapé, Seu Pedro, Avexe Não e Maria Bonita. O acesso individual bate R$ 300. E o Pingo já garantiu ocupação máxima da rede hoteleira para o fim de semana do dia 3 de junho.
5 - O preço médio da gasolina caiu apenas 0,7% no Rio Grande do Norte após a redução anunciada pela Petrobras. Isso representa R$ 0,4 mais barato. O litro é encontrado a R$ 5,65.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.