Segunda-Feira, 18 de novembro de 2024

Postado às 10h45 | 28 Jan 2024 | Trump, uma sombra para o mundo

Crédito da foto: Reprodução Donal Trump, ex-presidente dos Estados Unidos

Coluna Ney Lopes / Jornal de Fato (*)

Parece ficção, mas a lei dos Estados Unidos, país mais avançado do mundo, não proíbe que candidato a presidente da República, considerado penalmente culpado, possa fazer campanha e, se ganhar, exercer o cargo mesmo na prisão. Na eleição de 5 de novembro deste ano há um caso típico. O republicano Donald Trump é alvo de diversos processos em diferentes esferas judiciais. Mesmo assim, ele deu todas as indicações, de que seguirá em frente, independentemente do que aconteça.

Trump teve uma vida pessoal tumultuada. Fatos e curiosidades lançam luz por trás das manchetes, que envolvem seu nome. Vejamos alguns detalhes e episódios, que lhe rendem seguidores leais e críticos fervorosos. Foi o quarto dos cinco filhos de Fred Trump, construtor civil de sucesso, cuja empresa respondeu na justiça, por abusar do programa de garantia de empréstimo, superestimando os custos de seus projetos de construção.

Trump era coproprietário de três grandes concursos de beleza: de 1996 a 2015: Miss Universo, Miss EUA e Miss Teen USA. Dorme apenas quatro horas por noite. Foi para a escola militar aos 13 anos. O seu pai decidiu enviá-lo, porque sentiu que o jovem Donald precisava de mais disciplina e foco em sua vida.

Quando se trata de jantar, as principais escolhas de Donald Trump são bifes e massas. Tem amor por fast food. Ele evitou o alistamento para o serviço militar no Vietnã cinco vezes: quatro vezes na faculdade e uma vez alegou que sofria de esporas ósseas nos pés.

Trump tem um lema de vida bastante existencial. Diz que “por mais triste que pareça, a vida é o que você faz enquanto espera a morte, então é melhor se divertir”. Já foi processado mais de 3.000 vezes. Desde a década de 70, mais de 20 mulheres acusaram-no de má conduta sexual. Teve três afiliações políticas. Foi democrata de 1987 a 2009, independente em 2011-2012 e atualmente republicano.

Trump sempre demonstrou estilo pessoal incomum. É preocupado em demonstrar seu sucesso e realizações para os outros. Mostra temperamento exaltado com tendência a retaliar duramente aqueles que, em sua opinião, o traíram ou o trataram injustamente.

Ultimamente, como pré-candidato, tem deixado de acusar o democrata Biden de senilidade, pelo fato de ele próprio demonstra falhas na percepção de nitidez mental. A rival Nikki Haley observou que "ficou confuso" ao confundi-la com a deputada Pelosi várias vezes durante um discurso, acusando que ela era "responsável pela segurança" no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.

Trump pretende voltar à presidência americana trazendo consigo a memória de ter comandado ataque armado ao Congresso e com a dúvida de que poderá aproximar-se da Rússia, pela sua amizade com Putin. Realmente, é uma sombra, não apenas para o seu país, mas para o mundo.

(*) Ney Lopes assina coluna diária no Jornal de Fato

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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