O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, afirmou nesta quinta-feira, 15, que é “provável que os procedimentos de segurança tenham falhado”, o que teria possibilitado a fuga de dois criminosos do presídio federal de Mossoró.
André Garcia concedeu entrevista coletiva para falar sobre a fuga inédita no presídio de segurança máxima ocorrida na quarta-feira, 14, o trabalho que busca capturar os fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
“É muito provável que os procedimentos de segurança não foram cumpridos como deveria ser. Nós vamos identificar e adotar as punições cabíveis”, afirmou, ao admite falha ou facilitação.
Economizando nas informações, Garcia foi pouco preciso para esclarecer o que facilitou a fuga inédita no presídio tido como de segurança máxima. Ele se limitou a afirmar que as medidas estão sendo adotadas e que “a dinâmica da fuga vai ser precisa na medida que a perícia concluir o trabalho.”
“Maiores detalhes só após a conclusão do trabalho técnico, ou seja, da perícia”, afirmou Garcia, ao ressaltar que estava preservando o que já tem de evidências para não prejudicar as investigações.
Erro ou facilitação? nenhuma das possibilidades está descartada. “Não posso adiantar nada porque seria uma mera ilação da minha parte. É preciso prudência, ter capacidade de entender as informações e adotar providências cabíveis”, disse André Garcia.
O secretário destacou que a prioridade número 1 é recapturar os criminosos que fugiram. Para isso, segundo ele, a operação conta com mais de 100 agentes federais, mais de 100 policiais rodoviários, além dos policiais do Rio Grande do Norte. “Estamos com uma equipe especializada nesse tipo de trabalho, com a coordenação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado.’
André Garcia também adiantou que as fronteiras do país estão sendo vigiadas que até a polícia internacional foi comunicada sobre a fuga em Mossoró.
“Estamos agindo com prudência, equilíbrio, caminhando para a solução do problema. Vamos recapturar os fugitivos, temos a certeza disso. Também vai ampliar os procedimentos de segurança no nosso sistema prisional e posse garantir a todos os brasileiros que evento como esse não se repetirá.”
Estavam presentes na coletiva a delegada Larissa Perdigão, superintendente da Polícia Federal do RN; juiz Walter Nunes, corregedor da penitenciária federal em Mossoró; e Rodrigo Sá de Oliveira, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Mossoró.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.