Tatu e Martelo fugiram na madrugada de Quarta-feira de Cinzas
A fuga de Deibson Cabral e Rogério Mendonça do presídio federal de segurança máxima, em Mossoró, tem uma narrativa que confronta a lógica simples. Vamos lá:
A força-tarefa, para justificar o fracasso - até aqui - das buscas, diz que Tatu e Martelo, os fugitivos, se preparam fisicamente para a fuga;
Também diz que a dupla treinou para se livrar dos drones e de outros aparelhos sofisticados de caça a fugitivos;
Ainda afirma que investigação aponta para facilitação interna;
E garante que os criminosos receberam apoio externo.
Ok.
Agora, se houve toda essa preparação, facilitação interna e apoio externo, não seria razoável acreditar que havia uma estrutura do lado de fora do presídio para levar os fugitivos?
Eles não teriam preparado um veículo potente para correr na estrada na madrugada de quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro, quando o país ainda curtia o Carnaval?
Ou alguém acredita que uma fuga espetacular, numa penitenciária de segurança máxima, que foi preparada com antecedência e nos mínimos detalhes, os fugitivos optaram por sair correndo de a pé?
Não somos especialistas, longe disso. Mas, parece razoável afirmar que se a dupla fez treinamento, conquistou facilitação interna e apoio externo, uma estrutura fora do presídio estava pronta para levar os fugitivos.
Do contrário, estamos falando sobre dois “manés”.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.