A disputa por uma vaga na Câmara Municipal de Mossoró, nas eleições de outubro, terá bem menos candidatos e candidatas em relação ao pleito de 2020. Os dados preliminares, após os prazos de troca de partido e de filiação, encerrados na sexta-feira, 5, e no sábado, 6, apontam um menor número de partidos com nominatas e, por gravidade, menor número de postulação em relação às últimas eleições municipais.
Para eleições deste ano, 10 partidos e uma federação (PT/PCdoB/PV) apresentam nomes filiados e novos filiados para a formação das nominatas. Se todos preencherem as suas chapas proporcionais, com 22 nomes cada uma, respeitando os 30% da cota de gênero, as 21 vagas do Legislativo local serão disputadas por 242 candidatos e candidatas.
Números bem inferiores aos de 2020. Naquele ano, 20 partidos lançaram nominatas e totalizaram 455 candidatos e candidatas à Câmara Municipal de Mossoró. 14 legendas conseguiram eleger representantes ao Legislativo: Solidariedade (4), Progressistas (3), MDB (3), Cidadania (2), PSC (2), DC, Patriotas, Podemos, Pros, PSB, PSD, PSDB, PT e Republicanos, com 1 eleito cada.
Agora, além do menor número de partidos com atuação na cidade, a disputa proporcional também é impactada pela mudança de regra e pela redução de duas vagas no Legislativo, que cairá das atuais 23 para 21.
Situação X oposição
O prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) conduziu a formação de nominatas em cinco partidos que apoiam a sua gestão, com destaque para a sua legenda que passou a contar com 14 atuais vereadores, todos candidatos à reeleição. Será a chapa mais concorrida.
Os outros partidos comandados pelo prefeito são Solidariedade, PSD e Rede, além do PSDB, que tem como presidente Tereza Raquel, esposa do presidente da Câmara, Lawrence Amorim.
Se todos os partidos governistas oficializarem, nas convenções, chapas completas, o prefeito terá 110 candidatos e candidatas à Câmara Municipal.
Na oposição, cinco partidos filiaram pré-candidatos: Progressistas, PL, Avante, MDB, Republicanos, além da federação formada por PT/PCdoB/PV. Se todos fecharem chapas completas, a oposição terá 132 candidatos e candidatas.
União Brasil “bomba”; Solidariedade desaparece
Dos 23 vereadores e vereadoras que compõem a Câmara Municipal de Mossoró, 19 trocaram de legendas durante a abertura da “janela partidária”. Apenas permaneceram onde estavam: Marleide Cunha, do PT; Ozaniel Mesquita, do União; Carmem Júlia e Isaac da Casca, do MDB, sendo que Carmem e Isaac não serão candidatos no pleito de 6 de outubro.
No troca-troca de partidos, o Solidariedade foi o maior atingido. Os quatro vereadores eleitos em 2020 saíram para outras legendas: Lawrence Amorim para o PSDB; Paulo Igo, MDB; Tony Fernandes, Avante; e Marckuty da Maísa, União Brasil.
Já o União Brasil foi quem ganhou, saindo de 1 vereador, Ozaniel Mesquita, para 14. Todos tentarão renovar o mandato.
Depois do União Brasil, o PV foi o mais beneficiado. Sem nenhum representante na Casa, os verdes agora contam com dois: Pablo Aires e Omar Nogueira, que eram do PSB e Patriota, respectivamente.
Veja os 20 vereadores de Mossoró que trocaram de partido:
1 – Tony Fernandes (Solidariedade) – Avante
2 – Paulo Igo (Solidariedade) – MDB
3 – Lawrence (Solidariedade) – PSDB
4 – Marckuty da Maísa (Solidariedade) – União Brasil
5 – Ricardo de Dodoca (Progressistas) – União Brasil
6 – Francisco Carlos (Avante) – União Brasil
7 - Wiginis do Gás (Podemos) – União Brasil
8 – Lucas das Malhas (MDB) – União Brasil
9 – Costinha (MDB) – União Brasil
10 – Didi de Arnor (Republicanos) – União Brasil
11 – Genilson Alves (Pros) – União Brasil
12 - Raério Araújo (PSD) – União Brasil
13 - Gideon Ismaias (Cidadania) – União Brasil
14 – Marrom Lanches (DC) – União Brasil
15 – Edson Carlos (Cidadania) – União Brasil
16 – Tony Cabelos (Progressistas) – União Brasil
17 - Zé Peixeiro (PMB) – Republicanos
18 - Pablo Aires (PSB) – PV
19 – Omar Nogueira (Patriota) – PV
Tags:
César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.